O desembargador do Tribunal de Justiça, Alberto Ferreira, revogou por extensão a prisão do ex-secretário adjunto de Transportes e Pavimentação Urbana, Valdísio Juliano Viriato, preso preventivamente na quinta fase da operação “Sodoma”, e do ex-secretário adjunto de Administração e coronel da Polícia Militar, José de Jesus Nunes Cordeiro, presos na terceira fase da mesma operação.
Viriato é suspeito de participação em outros esquemas de corrupção enquanto exerceu a função pública. Não foi especificado, no entanto, quais seriam os episódios de corrupção que o ex-secretário adjunto estaria envolvido. Porém, é sabido nos bastidores a existência de uma investigação na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que envolve o programa MT Integrado, que destinava uma quantia de R$ 1,1 bilhão para interligar 44 municípios com pavimentação asfáltica.
O programa de infraestrutura, uma das bandeiras da gestão anterior, foi executado pela Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana. A promotora Ana Cristina Bardusco citou que Valdisio Viriato é suspeito de integrar uma organização criminosa que seria liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) para desviar dinheiro dos cofres públicos. Porém, só foi revelada nas investigações que culminaram na quinta fase da Operação Sodoma.
Já Cordeiro é acusado de ser o “braço armado” da suposta organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa. A quadrilha, segundo a denúncia, exigia pagamento de propina a empresários para a concessão de incentivos fiscais e para manter as empresas contratadas pelo Estado. O dinheiro seria posteriormente “lavado” e usado para pagamentos de despesas pessoais, campanhas eleitorais e favores políticos.