Oito dos 14 novos deputados eleitos manifestam-se favoráveis em avaliar a criação de taxa para o agronegócio de Mato Grosso e garantir recursos para o Estado diminuir a grave crise que vem passando. A maioria concorda em debater o tema, com cautela. “Sou 100% a favor. É o setor que mais tem lucrado no Estado e se o Mauro (Mendes, governador eleito) não fizer isso, provavelmente vai ter as mesmas dificuldades que o governador Pedro Taques teve”, disse para A Gazeta, o deputado Thiago Silva (MDB). Para ele, uma reedição do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) poderia substituir uma eventual proposta de taxação.
O Fethab 2 que está sendo cobrado do setor produtivo termina em dezembro. Mauro pediu a Taques a prorrogação da cobrança mas o atual governador não deve prorrogá-la. Com isso, o Estado deixaria de arrecadar, ano que vem, cerca de R$ 450 milhões.
O deputado eleito e ex-prefeito de Nova Lacerda, Valmir Moretto, é contrário a nova taxa. “Sou produtor sei que, se tem alguém que produz muito, não é demérito dele. Esta ideia de que não pagamos nada não é bem assim. Produtor tem que atender ao CAR, tem que atender a reserva que ninguém paga para preservar, tem ITR (Imposto Territorial Rural), tem uma série de cobranças”, apontou.
O levantamento feito por A Gazeta, indica que são contrários a taxação no agronegócio os deputados eleitos Moretto, Xuxu Dalmolin e Silvio Favero. Os demais eleitos (exceto Ulysses Moraes e Dr. Gimenez) manifestaram que estão abertos a debater o tema.