Se considerar somente o resultado do encontro que teve com cerca de 100 lideranças de seu grupo político no final de semana, o governador Pedro Taques (sem partido) deve se filiar ao PSDB. A escolha entre a legenda tucana e o PSB foi uma das pautas da reunião e a maioria dos presentes disse preferir que o chefe do Executivo opte por ela.
Taques ouviu um a um os aliados que explicaram os motivos – considerando o cenário político de seus municípios e regiões – pelos quais gostariam que ele escolhesse um ou outro partido. “Para eu tomar essa decisão, eu preciso saber como é o PSB e o PSDB em Sorriso, Acorizal, Pedra Preta, Carlinda, Sinop, em cada município”.
Aproveitou ainda para convidar a todos que o acompanhe na nova sigla e também teve maioria de respostas positivas neste sentido. Entre os poucos que adiantaram não ser possível trocar de sigla, o principal argumento foi o da possibilidade de perder representatividade política em suas regiões.
O governador também explicou os motivos pelos quais deixou o PDT. Lembrou que sempre se posicionou de forma contrária ao partido na esfera nacional, quanto ao fato de compor a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT).
Segundo Taques, essa divergência sempre o manteve distante da sigla. Descartou, no entanto, as teses de que sua desfiliação é motivada por qualquer rusga com o presidente estadual da sigla, o deputado Zeca Viana, que no começo do ano passou a fazer diversos ataques ao governo por conta da eleição para a mesa diretora da Assembleia.
Taques só não antecipou uma data para anunciar sua decisão. Se limitou a informar que o fará nas próximas semanas.