O governador Blairo Maggi preferiu usar o termo “política de compreensão” para fazer política eleitoral sem ameaçar a integridade da base aliada. Trocando em miúdos: vai restringir ao máximo sua participação eleitoral em cidades que tenham acirradas disputadas entre dois candidatos de partidos que integram a base de sustentação do Governo. O exemplo mais agudo dessa situação é Várzea Grande, segundo maior colégio eleitoral do Estado. Vizinha de Cuiabá, a cidade tem como candidatos o prefeito Murilo Domingos, do PR, partido do governador, e Júlio Campos, da aliança DEM-PP,que também estão na base de apoio do Governo.
“Na política tem que ter compreensão” – frisou o chefe do Executivo, que está cauteloso com outros desdobramentos.
Com uma bancada consistente na Assembléia Legislativa, há indicativos ainda de que DEM e PP poderiam começar a dificultar a vida do Governo. No mínimo ajudariam a fomentar os ataques da oposição. Para se ter uma idéia, de uma só vez, dois secretários, Agostinho Moro, de Saúde; e Diógenes Curado, de Justiça e Segurança Pública, tiveram que passar por duros questionamentos dos parlamentares. A bancada aliada pouco fez. De olho nisso também, Maggi optou por cautela.