O senador Blairo Maggi (PR) avalia a possibilidade de pedir “licença” dos quadros do PR. É uma estratégia construída há cerca de um mês, que abriria uma zona de conforto ao republicano para se desfazer da pecha de candidato principal ao governo de Mato Grosso, segundo fonte. No entanto, no final deste mês, no retorno de sua viagem ao exterior (Áustria), Maggi, mesmo a contragosto pessoal, poderá reavaliar também sua decisão de não disputar o governo do Estado nas eleições de 2014.
A confirmação desse panorama de “possível candidato” parte de um dos mais próximos aliados republica-nos, o senador que ocupa sua vaga no Congresso, José Aparecido dos Santos, o Cidinho. “Acredito que ele (Maggi) poderá reavaliar sim disputar o governo, porque quando tomou a decisão de anunciar que não seria candidato, não imaginava a repercussão negativa disso, da forma que está”, assinalou.
Cidinho se manteve cauteloso sobre essa questão, frisando não possuir conhecimento da possibilidade de o senador Blairo Maggi avaliar afastamento da legenda. Fonte revela um panorama recente, em que Maggi chegou a cogitar essa “saída alternativa”. Seria uma forma de se resguardar ainda das cobranças do PT nacional, que virão, em decorrência do prometido apoio dele ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, esse distanciamento oficial do PR, o colocando em campo neutro, pode acentuar a força do principal adversário da oposição, o senador Pedro Taques (PDT). Essa via também poderia beneficiar o primo de Blairo, o megaempresário do agronegócio, Eraí Maggi (PP), ainda aventado para assumir posto de vice na chapa de Taques.
É uma conjuntura, que somada a outros direcionamentos recentes do PR, deverão ser postos por Maggi na balança do processo eleitoral deste ano, abrindo um novo campo no âmbito das composições. Ao ser questionado sobre a possibilidade de seu companheiro de partido pedir “licença” dos quadros da agremiação, Cidinho despistou: “Teve algum momento de descontração e entre amigos que ele (Maggi) brincou que até poderia se afastar do PR, mas só nesse contexto”, mencionou ao negar a veracidade desse mecanismo “estrategicamente pensado”.