O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, chegou ontem à noite, em Boa Vista (RR), onde participa nesta sexta-feira, da 4ª reunião do Fórum de Governadores da Amazônia. Maggi e o governador de Rondônia, Ivo Cassol foram recepcionados pelo governador anfitrião (Roraima), Anchieta Junior.
Entre os temas a serem discutidos estão infra-estrutura, titularização de terras e financiamentos para os Estados.
Uma das preocupações dos participantes é com a forma de tratar as questões da região amazônica. Os governadores de Mato Grosso e Rondônia ressaltaram a necessidade de mostrar a verdadeira realidade da Amazônia para o restante do país.
Cassol destacou a oportunidade que o evento proporciona de reforçar a integração entre os Estados, visando a captação de recursos essenciais para o desenvolvimento da região e a necessidade de se mostrar uma Amazônia que o Brasil, segundo ele, ainda não conhece.
A condição peculiar dos Estados da Amazônia foi observada pelo governador Blairo Maggi, que ressaltou as diferenças naturais de cada um, lembrando que é assim que deve ser visto pelo governo federal e a partir daí incrementar uma política de investimentos.
“Nós temos de buscar um discurso único que mostre a heterogeneidade da Amazônia. Dentro das nossas dificuldades é preciso se encontrar uma política para nossa região, respeitando as características de cada estado”, destacou. Ele se disse preocupado com a questão da aviação na Amazônia. “Aqui é muito diferente de São Paulo e o governo precisa ver isso. Estamos desprovidos de tudo e precisamos criar um programa sério para a nossa aviação”, afirmou Maggi.
O governador de Roraima adiantou que será proposta uma nova porcentagem para a área utilizada pelos produtores. Para ele, é preciso aumentar, sem comprometer o meio ambiente. “Precisamos produzir mais, com sustentabilidade e responsabilidade ambiental, e isto é possível.”
Anchieta Junior explicou que o investimento na região é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do País. Sobre os repasses de recursos, garantiu que o governo federal começa a perceber a importância e a possibilidade de produzir sem agredir a biodiversidade amazônica.
Sobre Roraima, ele afirmou que com suas particularidades e a diversidade de biomas, esta é a oportunidade de discutir os problemas mais de perto. Na reunião, serão tratados assuntos particulares de cada estado, mas, soluções coletivas.