O governador Pedro Taques (PSDB) aprovou a nomeação do senador Blairo Maggi (PP) para o Ministério da Agricultura. A posse foi hoje juntamente na solenidade que marcou o início do governo interino de Michel Temer (PMDB), à frente da presidência da República, após Dilma Rousseff (PT) ter sido afastada pelo placar de 55 a 22, esta madrugada, no Senado. O processo de impeachment foi admitido. “O senador Maggi sabidamente conhece desse tema (agricultura). Ele deve dar muita contribuição ao Brasil e espero que Mato Grosso possa ser muito bem representado por ele no Ministério”.
Maggi disse em entrevista à TV Senado, antes de ser confirmado ministro, que pretende trabalhar para garantir uma maior renda aos produtores brasileiros assim que assumisse o comando do Ministério. Para ele, os produtores rurais não precisam de programas de subsídios. No entanto, não deu mais detalhes de como aquecerá este setor. “Mais da metade do PIB brasileiro vem deste setor [agricultura]. A única forma de manter o setor é que tenham renda [os agricultores]. Se o produtor não tem renda, perde. Eu pretende olhar, como ministro, a garantia de renda. Não é programa de subsidio”.
Ao votar pelo impeachment, esta madrugada, destacou que “para mim é claro, o que estamos fazendo hoje é criando as condições para começar, tentar sair de onde nos encontramos, pela irresponsabilidade do governo que estamos nesse momento. É lamentável e é a situação que nos entramos. Não temos outra alternativa se não essa. Portanto meu voto é pela admissibilidade”.
Conforme Só Notícias já informou, na nova etapa, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, passa a ser o presidente do processo, sendo também a última instância de recursos na Comissão Processante. “O processo volta para a comissão, sendo que a instância máxima será o presidente do STF. Se houver alguma questão de ordem que eu indeferir, o recurso será apresentado a ele. Ele passa a ser o presidente do julgamento do impeachment”, explicou o presidente da comissão especial, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).
Michel Temer fica no comando do Executivo até o encerramento do processo. A comissão pode interrogar a presidenta, que pode não comparecer ou não responder às perguntas formuladas.