O governador Blairo Maggi inicia nesta semana uma extensa agenda nos Estados Unidos, onde participará, junto com empresários, parlamentares e secretários de Estado, de encontros e fórum e apresentará oportunidades de investimentos em Mato Grosso, com ênfase na produção agrícola e indústrias de transformação, e das ações ambientais desenvolvidas no Estado.
O primeiro compromisso de Maggi é na sexta-feira, em Nova Iorque, quando comparece ao Simpósio “Brasil: 27 países, uma Nação”, organizado pelo Fórum das Américas e Council of the Americas, entidades presididas, respectivamente, pelos empresários Mário Garnero e David Rockefeller.
Ainda em Nova Iorque, no dia 30, no Fórum de Desenvolvimento Sustentável 2007, promovido pela Organização das Nações Unidas –Brasil, o governador será um dos palestrantes do painel “Amazônia: conservação e exploração racional”. Maggi vai expor as ações que vem desenvolvendo no sentido de compatibilizar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.
O Fórum de Desenvolvimento Sustentável é voltado a empresários, políticos, representantes estatais e acadêmicos, e será composto por outros dois painéis principais: as vantagens do etanol e do biodiesel e reflexão sobre o futuro do meio ambiente.
Acompanham o governador aos Estados Unidos os secretários de Estado Terezinha Maggi, de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social; Luiz Henrique Daldegan, de Meio Ambiente; de Administração, Geraldo de Vitto Jr. e o vice-presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, deputado Dilceu Dal Bosco. Nos dois eventos também estão previstas a participação de mais sete governadores brasileiros.
Na palestra que fará em Nova York, Maggi mostrará que, apesar da imagem negativa que se formou sobre Mato Grosso no mundo, devido à preocupação da comunidade internacional com o aquecimento global e a preservação da Amazônia, o Estado promoveu avanços significativos na gestão da sua política ambiental que já apresentam resultados concretos, como a redução dos desmatamentos e das queimadas e a aplicação de uma legislação bastante restritiva no que diz respeito ao uso dos recursos naturais. Um dos exemplos nesse sentido é a recente parceria firmada entre o Governo do Estado, produtores rurais e ONGs para o processo de regularização ambiental das propriedades e das atividades produtivas do setor agrícola, especificamente das culturas anuais de soja e de cana-de-açúcar em Mato Grosso.
Durante a assinatura dos protocolos, Maggi aproveitou para enfatizar que a imagem que foi vendida de Mato Grosso, em relação ao meio ambiente, não é a realidade. “Mato Grosso tem 36% do território alterado com atividades econômicas. Até 1988 já tinham sido desmatados 22%. Entre 1988 e 2006 houve o acréscimo de 14%, mas dentro do atual governo apenas 3,7%. Tivemos nossos problemas, mas a pressão que veio sob Mato Grosso foi muito grande e tão intensa que não adiantava justificar”.
Maggi reforçou ainda, que o Estado está começando de novo e que não irá fugir de suas responsabilidades, mas enfatizou que a parte que Mato Grosso precisa realizar na questão ambiental, em comparação a outros países, é muito pequena. “O lucro final que queremos é um Estado que seja grande produtor, economicamente forte, socialmente justo e ambientalmente correto”, apontando ainda a importância das parcerias e a meta de retirar o nome de Mato Grosso da lista de Estados ambientalmente não corretos.