“Uma reunião proveitosa no sentido de discutir políticas de desenvolvimento para o Brasil e para Mato Grosso”. Esta foi a avaliação do governador Blairo Maggi sobre o encontro com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, ocorrido nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Maggi defendeu mudanças substanciais na legislação e um abrandamento nas negociações das dívidas dos Estados com a União. “Não falamos em perdão de dívidas, mas sobre encontrar uma forma de que o Estado possa ter capacidade financeira de investir e ajudar os municípios a crescerem”, afirmou o governador.
Maggi lembrou que os Estados negociaram suas dívidas até 2027 e por isso estão com a maioria de suas receitas comprometidas nos próximos 21 anos. “É fundamental discutir neste momento como os Estados e os Municípios, que estão muito endividados a ponto de não ter capacidade de buscar novos financiamentos, podem ter uma possibilidade de que isso venha acontecer num futuro próximo”, disse.
Para Blairo Maggi, uma das opções seria a captação de recursos para começar a vencer depois do período de endividamento completo, em 2027, ou se criar um novo fundo de investimentos.
O governador de Mato Grosso explicou que os administradores estão entre a vontade e a necessidade de crescer e precisam buscar saídas para questões que hoje atrapalham. Para isso, existe uma equipe do governo federal estudando o problema, e tomando os devidos cuidados para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal e não colocar em risco também a política macro-econômica do país.
Em relação às mudanças na legislação, Blairo Maggi citou a questão ambiental, principalmente no que se refere aos produtos transgênicos. Fazer com que a agricultura entre de vez na era da biotecnologia. “Há um entendimento de que os Estados precisam contribuir com o crescimento, mas também é necessário proporcionar mudanças para isso”.
Blairo Maggi reforçou que está animado com a postura do presidente em relação ao próximo governo. “O governo federal está com os pés no chão e vai ter que buscar alternativas para fazer o país crescer. O Lula pretende dar um choque de gestão, a escolha dos ministros, por exemplo, será mais técnica do que política”, completou.