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Maggi critica ministro e política econômica adotada pelo governo federal

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O senador Blairo Maggi (PR) se disse aflito quanto à política econômica do governo federal, voltada ao controle da inflação, e teceu duras críticas ao ministro da Economia, Joaquim Levy, alertando que as medidas adotadas estão na contramão. “Nossa inflação não é de demanda, a economia está parada, de marcha ré. A inflação que temos hoje é de preços administrados que o governo segurou lá atrás e não fez as reposições no momento certo. O caminho para o qual está sendo levada a economia é equivocado. Como vamos sair dessa situação com juros cada vez mais altos e o Banco Central sinalizando que só mexerá nisso ano que vem? Até lá, metade da economia morreu”.

Maggi questionou ainda quais serão os passos do Executivo após aprovação do pacote econômico pela Câmara e pelo Senado para recuperar o grau de investimento do país. “O Executivo recebeu respaldo aqui quando nos solicitou o pacote de ajuste fiscal, mas, e agora? Quando nós começamos a discutir a crise, lá no começo do ano, eu havia alertado para uma retração do PIB acima de 2%, ela está quase em 3%. Esse é um momento contado daqui para frente, não temos mais como escapar. Então, daqui 30 dias, o que fazer? Quais são os reflexos para a economia brasileira da perda do grau de investimento? Acho que essa, sim, é uma discussão que se antecipa a um problema que é iminente. Não vejo nenhum milagre neste momento para que o Brasil possa escapar desse rebaixamento”.

O senador mato-grossense voltou a criticar a postura do governo diante da crise e cobrou explicações do ministro, que deve ir ao senado falar sobre o assunto. “Na vida todos nós temos um plano A, B ou C para as nossas atividades. Nós nunca entramos em alguma situação sem saber qual alternativa temos para sair do problema que vai aparecer. Na economia, qual o passo seguinte? Qual é o plano B ou C? Acho que o ministro tem que vir aqui e, com toda tranquilidade e humildade, admitir: nosso próximo passo é esse. Nossas próximas alternativas são estas”.

Ele disse que os reflexos já são percebidos nas cidades, nas ruas, onde as pessoas mudaram a rotina e o comportamento em virtude da crise. “Quero fazer um registro de Cuiabá, uma capital como tantas outras, sempre efervescente não só no clima, mas, na economia. Porém, nas últimas semanas, confesso que fiquei preocupado. Lá parece que todo dia é domingo, a cidade está parada. E isso já é reflexo da economia que vai afetar diretamente a arrecadação do Estado”, relatou, ao destacar que Mato Grosso, por ser um estado eminentemente agrícola, ainda não passou pelo alto da crise.

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