O governador Blairo Maggi (PR) começa uma nova rodada de viagens internacionais. O objetivo é discutir questões ambientais e defender a tese da compensação financeira para aqueles que não desmatam acima do que é permitido pela legislação. Os limites percentuais para os proprietários das áreas são maiores do que o legalmente previsto e, portanto, tem que subsistir da terra e dos rendimentos que ela lhe proporciona, se não por exploração, por ressarcimento. Até o final do ano, Maggi estará duas vezes nos Estados Unidos e em dezembro na Dinamarca, mais precisamente em Copenhague, onde será realizada a Cúpula Mundial Ambiental, que avalia os avanços conquistados desde o último encontro no final de 2007 em Bangladesh. O governador de Mato Grosso, que passou nos últimos anos a ser visto com “bons olhos” pelos ambientalistas pela sua defesa ambiental aliado com a produção alimentos para o mundo, chega com autoridade para propor o ressarcimento para quem preserva além do que determina a legislação.Só que a grande força de Blairo Maggi virá de números, expressivos, não apenas de redução no desmatamento, mas também nas queimadas. Maggi apresentará ainda números que contestam ONGs e suas posições quanto a Mato Grosso e a política do agronegócio.
O governador de Mato Grosso comprovará por dados oficias que a soja, maior produto do Estado, ocupa quase 5 milhões de hectares, quando as áreas de preservação ambiental superam os 7 milhões de hectares e as reservas indígenas chegam a 13 milhões de hectares. A idéia é colocar que mais de 64% do território mato-grossense é preservado e as áreas que estão abertas são mais do que suficientes para continuar o plantio e criação de animais.