O governador Blairo Maggi assinou há pouco o decreto que institui a instalação e composição do fFrum Mato-grossense de Mudanças Climáticas, criado por lei de iniciativa do Poder Executivo (Lei 9.111, de 15 de abril de 2009). O ato foi realizado na abertura do seminário regional do Centro-Oeste de Mudanças Climáticas, no Palácio Paiaguás, uma atividade da Defesa Civil Nacional, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Ministério de Integração Nacional.
"Com a ação do homem, no mínimo ajudamos a provocar as mudanças que vem se avizinhando e se mostram cada dia mais agressivas", comparou Maggi sobre a relação clima e desenvolvimento. "O fórum terá papel importante. O governo do Estado tem se posicionado em fóruns nacionais e internacionais. O fórum tem o papel não só discutir o que nós já fizemos , mas também propor novas ações que precisam ser feitas".
De acordo com Maggi, as ações do fórum não são simplesmente discutir a questão de desmatamento, que é importante, mas procurar alternativas. "Acho que o fórum deve discutir e se chegar à decisão, propor ao governo. Devemos discutir opções renováveis e tecnologia. Por exemplo, energia solar. Nós temos uma fonte muito grande de energia e não aproveitamos", afirma. "A área de produção do Estado de Mato Grosso. Qual é a maneira que temos de produzir?", desafiou. "Temos que colocar mais cabeças de gado em menos área de terra".
O fórum será presidido pelo governador Blairo Maggi e terá em sua composição 27 membros da sociedade civil e instituições, entre elas Ministérios Público Federal e Estadual, Unesco, Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), Associações de Povos Indígenas.
Além de 12 secretarias de Estado e organizações não-governamentais (Ipam, ISA, ICV, TNC, Instituto Ação Verde e Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad). Federações produtivas também compõem o fórum (Famato e Fiemt).
Gina Thimóteo, representante da TNC, diz que sua organização não trabalha sozinho e sim com parceiros. “É momento de convocação e Mato Grosso tem papel importante em relação às políticas de mudanças climáticas”, argumenta. “Sempre com a busca de soluções negociadas e juntas”, propõe.
O fórum é mais um componente social, de legitimidade e transparência para acompanhar políticas de públicas de conscientização e ações para reduzir efeitos de mudanças climáticas, informou o secretário de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan.