atual presidente do PDT e indicado para o Ministério do Trabalho, Carlos Lupi, explicou que a negociação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a pasta levou em conta o trabalho que vinha sendo desenvolvido pelo Ministério da Previdência. Segundo Lupi, que era cotado também para assumir a Previdência, Lula ressaltou que o trabalho desenvolvido lá devia continuar com os técnicos que tem gerado “bons resultados” para a administração pública.
“Fizemos uma avaliação longa sobre a realidade da Previdência, da estrutura que ela está funcionando. O presidente observou que ali são quadros técnicos, tanto do INSS como da DataPrev, que precisariam ter uma continuidade de ações. Porque já vinha há algum tempo dando bons resultados para a Previdência. E na opinião dele, colocar o presidente do PDT nesta pasta ia dar uma impressão de que era um ministério que não teria corpo”, disse Lupi. A pasta era comandada por Nelson Machado, e agora deve ser ocupada por Luiz Marinho.
Segundo Lupi, as “principais pernas” do Ministério da Previdência, em referência ao seu corpo de funcionários, são profundamente “técnicas”. “E não teria oportunidade de ter indicações políticas. Isso seria muito difícil para quebrar aquela rotina que já havia sido adotada há quatro anos”, explicou. Mesmo assim, segundo Lupi, o presidente afirmou que se o PDT desejasse, ele manteria a oferta da Previdência. E assim, também de acordo com Lupi, Lula teria oferecido o Ministério do Trabalho.
O presidente do PDT levou a proposta para a bancada do partido no Senado e na Câmara. Ela foi aceita pela grande maioria dos membros, segundo Lupi, pelo “simbolismo” da pasta, em referência ao conceito do “trabalhismo” que dá origem ao nome do partido.