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Lula fará ‘aliança branca’ com PMDB já no 1º turno

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Às voltas com o risco de não ter do seu lado nem o PC do B nem o PSB, Lula informou a um dirigente do PT que decidiu fazer uma “aliança branca” com o PMDB ainda no primeiro turno da eleição presidencial. A convite do presidente, a ala governista do PMDB indicará um representante para o staff político de sua campanha. Participará do comitê da reeleição com direito a opinar nas decisões estratégicas. O nome ainda não foi escolhido.

O naco lulista do PMDB designará também pessoas para participar da formulação do programa de governo de um eventual segundo mandato de Lula. O documento está em fase de elaboração, sob a coordenação do petista Marco Aurélio Garcia, professor de história e assessor da presidência para assuntos internacionais.

A decisão de Lula foi comunicada também aos líderes da ala governista do PMDB: os senadores Renan Calheiros (AL), José Sarney (AP) e Ney Suassuna (PB); e os deputados Jader Barbalho (PA) e Wilson Santiago (PB). O acerto informal é uma resposta do presidente à decisão desse grupo de divulgar um manifesto de apoio à sua candidatura.

Em reunião realizada há três dias, no Palácio do Planalto, Lula alinhavou os últimos pontos do acerto com o PMDB. Numa última tentativa de viabilizar uma aliança formal com o partido, o presidente instou os aliados a tentar aprovar em convenção a indicação de um vice para a sua chapa. Sarney e Renan disseram-lhe que dispõem de maioria para evitar a lançamento de um candidato do PMDB à presidência, mas não têm votos suficientes impor ao partido uma coligação formal com o PT.

Lula lamentou: “Se soubesse que chegaríamos a isso, eu teria dado um jeito para acomodar o Nelson Jobim em outro partido”. Jobim era o vice dos sonhos de Lula. Ele renunciou à presidência do STF e pediu aposentadoria da magistratura para filiar-se ao PMDB. Mas a divisão do partido impediu o avanço da articulação para fazê-lo vice.

Em contrapartida, Renan e Sarney informaram a Lula acerca da decisão de divulgar um manifesto de apoio à sua reeleição. Otimista, Sarney disse que o documento trará a assinatura de representantes de 21 diretórios estaduais do PMDB. Lula recebeu o número com um pé atrás. Sua confiança não é despropositada. Por ora, só 14 diretórios se dispõem a apoiar o manifesto pró-Lula.

Seja como for, Lula considerou que a iniciativa do manifesto é o bastante para legitimar a participação do PMDB no seu comitê de campanha e na discussão do seu programa de governo. Com esse gesto, espera seduzir todo o partido para a coalização que tenciona compor para um eventual segundo ciclo de governo. Acha que, depois de eleito, as parcelas do PMDB que, por conveniências regionais, preferem manter distância virão para o seu lado por gravidade, atraídas pela perspectiva de integrar o governo.

Os peemedebistas que se compuseram com o presidente tencionam planejam divulgar o manifesto logo depois da oficialização do nome de Lula como candidato à presidência pelo PT, na convenção marcada para daqui a uma semana. Até lá tentarão colecionar novas adesões ao documento. Esperam atrair para o manifesto diretórios que, nos Estados, farão coligação com PSDB e PFL, partidos comprometidos com a candidatura do tucano Geraldo Alckmin.

O PMDB governista invoca o exemplo de Renan e Sarney. O primeiro, a despeito de estar associado à candidatura do tucano Teotônio Vilella Filho ao governo de Alagoas, assinará o manifesto. O segundo, aliado à candidatura da filha Roseana Sarney (PFL) ao governo do Maranhão, também firmará o documento.

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