O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado, esta noite, de avião de São Paulo para Curitiba onde ficará preso, por decisão do juiz Sergio Moro. Ele se entregou no início da noite, foi levado em comboio da Polícia Federal até a superintendência da PF onde foi submetido a exames de corpo de delito. De helicópeto, seguiu até o aeroporto de Congonhas onde embarcou, em avião da polícia, para a capital catarinense.
A saída dele da sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo foi tumultuada. Centenas de apoiadores tentaram impedir que Lula deixasse o local. Por volta das 18h45, conseguiu sair da sede do sindicato onde estava desde a última quinta-feira (5) e está se dirigindo ao aeroporto de Congonhas, mas antes pode passar pela Polícia Federal para fazer exame de corpo de delito.
Tecnicamente, o ex-presidente já está preso, por estar sob custódia da Polícia Federal, cujos agentes foram buscá-lo na sede do sindicato, onde Lula se encontrava desde quinta-feira. De São Paulo, o ex-presidente deve seguir para Curitiba.
João Paulo, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), pediu que a militância não "entrasse em provocação" e buscasse "manter a concentração". Referindo-se à presença de agentes das forças de segurança em meio à multidão, o representante do MST ressaltou: "Nós estamos em uma negociação séria com a nossa militância, é difícil, mas nós nao vamos topar qualquer tipo de repressão contra o nosso povo", afirmou. "Estamos em uma luta democrática".
Integrantes do PT se revezaram nos apelos à multidão para garantir a saída de Lula do sindicato. Manifestantes gritavam palavras de ordem e frases de incentivo para o ex-presidente.
Antes, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que a Polícia Federal havia concedido o tempo de 30 minutos para que o presidente se apresentasse.
(Atualuzada às 20:51h)