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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse nesta quinta-feira a três novos ministros e anunciou que a Secretaria de Comunicação de Governo (Secom), até agora chefiada por Luiz Gushiken, passará para a Secretaria Geral da Presidência, de Luiz Dulci.
Durante seu discurso, Lula comparou sua equipe de ministros a um time de futebol. “O sentimento de troca de ministros é o mesmo da troca de um time de futebol (…) O jogador entra na perspectiva de que vai fazer mais e melhor”, afirmou. Em relação a crise que atinge o PT e o governo, Lula disse que “sua resposta para tudo isso será trabalho, trabalho e trabalho”.
O petista Nelson Machado assumiu a Previdência, no lugar de Romero Jucá (PMDB), que volta ao Senado. Indicado pelo PP, Márcio Fortes substituiu Olívio Dutra, do PT, em Cidades; e Sergio Rezende assumiu a pasta de Ciência e Tecnologia no lugar de Eduardo Campos, ambos do PSB.
Lula considerou praticamente concluída a reforma ministerial iniciada após o surgimento das primeiras denúncias dos escândalos de corrupção. Segundo ele, “nunca se pode dizer que uma reforma terminou”, mas o presidente afirmou que deseja que estas sejam as últimas mudanças em sua equipe até o fim do mandato, em 1º de janeiro de 2007.
Márcio Fortes foi recomendado a Lula pelo presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), de quem o presidente da República se aproximou para melhorar a relação do governo com o Congresso. Na Previdência Social, sai Romero Jucá (PMDB) acusado de obter fraudulentamente créditos públicos para uma empresa da qual era sócio, e entra Nelson Machado, do PT.
A renovação do ministério começou há pouco mais um mês, quando o deputado José Dirceu, considerado até então o “homem forte” do governo, renunciou à Casa Civil justamente por causa das denúncias contra o PT. Desde então, Lula trocou oito ministros, dando mais peso no gabinete a partidos de centro e de direita, e afastando-se um pouco de sua própria legenda.
Mas a atual reforma ainda não terminou. No final do mês, Lula terá que nomear um novo ministro da Educação. O atual, Tarso Genro, se dedicará exclusivamente à presidência do PT, após a saída de toda a direção nacional da legenda devido aos escândalos de corrupção.
Dulci na Secretaria de Comunicação
Inicialmente, em 12 de julho, foi anunciado pelo Planalto que a Secom seria subordinada à Casa Civil, mas nesta quinta-feira Lula passou o órgão para a Secretaria Geral. Desde o anúncio anterior, Gushiken havia perdido o status de ministro.
O presidente disse ainda que Gushiken permanece no governo assumindo o Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE), que era ligado à Secom e passa a ser um órgão de assessoria da Presidência. A Secretaria Nacional de Direitos Humanos passará a ser subordinada à Secretaria Geral. Inicialmente, o Planalto havia divulgado que ela iria para o Ministério da Justiça.