Ex-vereador, Lúdio Cabral descartou “qualquer possibilidade” de deixar os quadros do PT. Afirmou ainda não ter recebido convite de outras agremiações, tratando de desmistificar a ocorrência de mal estar entre ele e líderes da direção estadual, que poderiam levá-lo a migrar para outro partido. “Depois da eleição, e até essa semana, fiz questão de voltar à medicina, me dedicar à família. Vi muita especulação sobre a possibilidade de uma eventual saída minha do PT. Não tem sentido. Primeiro que eu não recebi convite de nenhum partido, segundo e em especial, eu nasci no movimento estudantil, no movimento social, sindical. Me filiei ao PT na juventude. Sempre fiz política no PT e sigo no PT apesar de todas as dificuldades que eu já enfrentei dentro do próprio partido”.
Para Cabral, apesar de contratempos, o partido lhe referendou ao pleito, dando o devido apoio político nas eleições de 2014, quando disputou o cargo de governador do Estado. Preferindo evitar análises sobre a gestão do governador Pedro Taques (PDT), disse que o pedetista “tem legitimidade para tomar todas as medidas que entender necessárias dentro daquilo que ele defendeu na campanha eleitoral. Não cabe a mim fazer qualquer tipo de juízo, de julgamento, exatamente para não alimentar esse clima de terceiro turno, que acontece no plano nacional e que não vejo isso como construtivo”. Reconheceu ainda a crise no PT, passando por indagações da sociedade. “O PT sofre um questionamento importante de uma parcela da população, e é dentro do PT que temos que enfrentar esse debate. É no PT na dor, e no amor, sempre”, concluiu.
Membro do diretório estadual, Cabral começa a discutir o processo eleitoral de 2016, ressaltando ainda não ter planos para o futuro político.