A sessão de ontem à noite da câmara municipal foi marcada por pronunciamentos de vereadores sobre o processo eleitoral que está sendo debatido. O vereador Airton Callai foi o primeiro a discursar e criticou com rigor o orçamento do município para o ano de 2013 que deverá ser analisado e votado pela Câmara de Vereadores. Segundo Callai, nem mesmo os secretários municipais participaram das discussões da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e que considera ilegal. Callai falou ainda da sucessão eleitoral e ressaltou que o PSD vai se posicionar de forma muito clara durante este processo eleitoral. Segundo ele, os partidos de situação em Lucas do Rio Verde "estarão assinando o atestado de incompetência se aceitar o nome de Otaviano Pivetta como candidatoa prefeito".
Durante seu pronunciamento, Airton Callai não deu nomes, mas disse que foi feita "armadilha" para o vice-prefeito Joci Piccini, que assumiu como prefeito, recentemente, com a intenção de impedi-lo de concorrer às eleições até mesmo como vice de chapa.
O vereador Aluízio Bassani (PR), por sua vez usou a palavra para criticar também a elaboração da LDO para 2013. Segundo ele alguns secretários sentem-se no direito de elaborar leis de acordo com seus interesses sem chamar a maioria para as discussões. Bassani anunciou que não concorda com atitudes deste tipo e anunciou na tribuna da casa que esta foi a última sessão dele como líder do prefeito na câmara. Bassani finalizou parabenizando alguns secretários municipais que muito se esforçam para fazer sua parte contribuindo assim para o desenvolvimento do município.
A Vereadora Ana Kothrade comentou sobre a moção de aplauso elaborada por ela ao J.J. (Jornada Jovem) pela dedicação do grupo no trabalho clerical e ressaltou sua admiração por todas as ações realizadas pelo grupo em Lucas do Rio Verde e comentou sobre a indicação feita por ela sobre a necessidade da prefeitura aumentar o número de lixeiras nas proximidades das agências bancárias de Lucas do Rio Verde. O vereador Eliseu Sávio Diniz usou a tribuna da casa para ressaltar a importância da existência do J.J. e sua contribuição à causa social. Ele também abordou a situação da cadeia pública que custará mais de R$ 1 milhão. O Governo do Estado acenou com a contrapartida de R$ 300 mil, o que até hoje não se sabe o paradeiro da verba. Mesmo assim a cadeia está pronta e antes de ser inaugurada já foi interditada por determinação do governo. Ele criticou a falta de responsabilidade e disse que não tem mais palavras para classificar a atitude do governo estadual pela falta de profissionais para atuar como agentes prisionais.
O presidente da casa Carlos Girotto deixou a cadeira de presidente para usar a palavra na tribuna e também parabenizou os integrantes do J.J. pelo trabalho realizado no município. Girotto salientou sobre a situação da segurança pública dizendo que não se conforma em ter que votar pela construção do que ele denominou como mal necessário chamado cadeia. Na opinião de Girotto, sem essa obra a situação seria bem pior, ainda que o viável fosse a construção de escolas.
Girotto criticou ainda o Estatuto da Criança e do Adolescente que, embora a intenção seja outra, acaba por contribuir para ação de menores delinquentes proibindo-os de trabalhar. Coisa que segundo ele, esse tipo de atitude não protege jovem nenhum, mas causa abertura para a ociosidade e consequentemente para as práticas ilícitas. Para ele o ECA precisa evoluir.
Quanto à politica Girotto comentou que não falaria em nome do PPS, Partido do qual faz parte, pois o partido é composto de pessoas e opiniões, mas, acredita que existem nomes importantes para disputar o próximo pleito e é "necessário usar o bom senso para escolher um candidato que possa dar continuidade ao desenvolvimento e manter a autoestima desses milhares de brasileiros que vieram pra cá para prosperar".