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Lucas: prefeito critica greve dos professores

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O prefeito Otaviano Pivetta (PDT) concedeu entrevista coletiva, esta manhã, para falar sobre a greve iniciada pelos servidores da Educação em Lucas do Rio Verde. “Os professores têm legitimidade para reivindicar e respeitamos, mas estamos aqui para defender os interesses da sociedade, inclusive dos professores”, ressaltou. O grupo de estudo foi criado para avaliar o aumento para a categoria e está trabalhando. “O grupo de estudo não vai chegar a uma conclusão em duas ou três reuniões. É um trabalho complexo que envolve as contas do município. Nós não temos apenas a Educação para sustentar no município. Essa sinalização de greve é uma decisão que eles têm liberdade para tomar, assim como tem a responsabilidade de pagar o preço disso. Vamos agir de acordo com a lei”, disse.

O prefeito criticou a atitude do sindicato em deflagrar a greve. “Entendemos que é precipitada qualquer paralisação, porque as nossas crianças e a sociedade não merecem. O nosso plano de carreira é o melhor do Estado e os professores sabem disso. O nosso piso salarial é 17% acima do piso nacional. As condições de trabalho, se não são ideais, certamente são as melhores do Estado. As escolas do município são as melhores escolas públicas do país e entrar em greve só porque o salário inicial está 17% abaixo do Estado, é um argumento muito frágil e nós não vamos aceitar”.

O Sintep expõe que o salário atual de um docente municipal é de R$ 2.015,04, enquanto o da rede estadual recebe R$ 2.356,39.

Pivetta descartou mudanças no plano de carreira dos servidores da área. “Vamos trocar? Vamos usar o plano de carreira do Estado? Certamente não, pois o plano de carreira é uma conquista dos nossos professores. O que nós propomos é a compreensão, porque nós estamos a seis meses aqui. Reconheço que precisamos melhorar muito ainda o serviço público, dentre os quais a educação. O número ideal para o ensino de escala é 25 alunos por professor e nós temos 18 por professor. O número ideal de alunos por servidor é de 15 a 17 e nós temos apenas 10.7. Isso significa dizer que o quadro do município está acima da média nacional em relação ao número de alunos”.

“A única maneira que eu vejo para aumentar o salários dos professores e servidores é aumentando a produtividade. Se a gente tiver que aumentar o quadro de funcionários na mesma intensidade do crescimento do município, dificilmente teremos condições de aumentar salários. Quando a gente toma uma decisão a gente assume as consequências. A prefeitura vai defender os interesses da sociedade. Temos muitos argumentos para enfrentar qualquer demanda que tiver pela frente. Não queremos e não gostaríamos, mas se precisar, nós não vamos hesitar”.

Conforme Só Notícias já informou, ontem à noite, os professores decidiram, em assembleia, que as atividades ficarão paralisadas enquanto durar as reuniões do grupo de estudo da prefeitura que vai verificar se é possível o reajuste de 17%, que foi pedido pela categoria, para equiparar os salários dos servidores municipais com os recebidos pelos estaduais. A estimativa é que sejam feitos quatro encontros. As aulas deixam de ser dadas a partir de hoje.

O salário atual de um docente municipal é de R$ 2.015,04, enquanto o da rede estadual recebe R$ 2.356,39.

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