O ex-ministro da Agricultura Neri Geller (PMDB) confirmou, esta manhã, ao Só Notícias, que foi comunicado, pela Comissão de Ética da Presidência da República, que foi arquivado pedido de investigação se ele teria sido beneficiado com lotes adquiridos de forma fraudulenta em assentamento em Itanhangá, vizinho de Lucas do Rio Verde. No final de 2014, um irmão de Neri estava entre as dezenas de pessoas investigadas durante operação Terra Prometida, da Polícia Federal, por terem, supostamente, obtidos lotes. Houve várias prisões.
"Recebi, há alguns dias, correspondência da comissão da Presidência atestando que eu não fui investigado pela Polícia Federal. Todo esse processo atesta minha inocência e que eu estava falando a verdade. A Polícia Federal fez seu trabalho e se restabeleceu a verdade. Aquela situação lá atrás, quando foi veiculada, atingiu minha imagem mas sempre me mantive tranquilo e agora com a conclusão da investigação fica claro que não tive envolvimento algum", disse Neri Geller
"Estou satisfeito (com a conclusão da comissão de ética). Houve acusações falsas e levianas. Agora está restabelecida a verdade", emendou Neri, que deixou o ministério no final de 2014 quando a presidente Dilma concluiu seu primeiro mandato. A comissão passou a acompanhar o caso pois, na época, Neri era ministro. Após receber relatório da investigação da Polícia Federal, apontando que Neri não era alvo da investigação, a comissão decidiu, recentemente, pelo arquivamento.
Geller evitou se manifestar sobre a decisão do PMDB de sair governo. "Não estou acompanhando. Estou sem pretensão política nenhuma no pleito eleitoral deste ano. Futuramente, ainda vou avaliar, mas na eleição municipal deste ano estou fora do processo", concluiu. Neri Geller tem se dedicado as atividades no agronegócio e em suas empresas.
(Atualizada às 08:50h)