O juiz Luis Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, deu prazo de 72 horas para que ao Ministério Público Estadual se manifeste a cerca do pedido de 3 lotérias da capital, para o desbloqueio de pouco mais de R$ 261,5 mil, decretado em ação de improbidade administrativa decorrente da Operação Arqueiro. Nela foi descoberto um esquema fraudelento de convênios para o desvio de recursos na Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas). A ex-primeira-dama e secretária da pasta, Roseli Barbosa (que chegou ser presa ano passado) é ré, além das lotéricas, com outras 36 pessoas físicas e jurídicas.
No pedido, as lotéricas argumentam que os “valores retidos em suas contas correntes e transferidos para a conta única, sob o argumento de que não pertencem a elas, alegando serem provenientes da movimentação financeira de serviços delegados pela Caixa Econômica Federal (recebimento de contas, depósitos, jogos, etc), cujos respectivos montantes são debitados em favor da instituição delegante através de constantes débitos nas contas pessoas jurídicas das aludidas demandadas, percebendo estas apenas comissão”.
O juiz decretou o bloqueio de R$ 1,8 milhão de todos os réus no final de abril deste ano, a pedido do Ministério Público. O órgão apontou nque a organização criminosa era comandada por Roseli e pelo empresário Paulo Lemes (um dos delatores do esquema), articulados com funcionários públicos e empresários. Eram firmados convênios fraudulentos com a administração pública do Estado, através de institutos sem fins lucrativos, de fachada.
Segundo a ação, a Roseli Barbosa dava as ordens para que fossem firmados os convênios e tinha pleno domínio "dos fatos ímprobos". A defesa nega participação dela na denúncia oferecida e afirma que não houve irregularidades.