Lista de 37 denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) na Operação Asafe, desencadeada em 2010 pela Polícia Federal, traz a tona novamente cenário sobre suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Estado e no Tribunal Regional eleitoral (TRE), que envolve nomes de lobistas, funcionários do Poder Judiciário, desembargadores, juízes e advogados.
São 174 páginas de um processo sob investigação sigilosa. A Procuradoria Geral da República, em Brasília, solicitou o afastamento cautelar do desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, do Tribunal de Justiça. Sob relatoria da ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), corre investigação.
Em junho de 2010, o STJ determinou provisoriamente o afastamento do então presidente do TRE, Evandro Stábille e do juiz membro do órgão, Eduardo Jacob além do desembargador José Luiz de Carvalho e ainda o juiz Cirio Miotto. Stábille e Miotto recorreram da decisão no ano passado, através de ingresso de recurso (habeas corpus) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda não lograram êxito.
Na lista dos denunciados pelo MPF constam nomes como da advogada e esposa do desembargador José Tadeu Cury, Célia Cury; da suposta lobista Ivone Reis Siqueira; do maçon Santos de Souza Ribeiro; do genro do desembargador José Tadeu Cury, Cláudio Manoel Camargo; do chefe de gabinete do desembargador José Tadeu Cury, Jarbas Nascimento; do advogado Rodrigo Vieira; do sócio de Célia Cury, Alessandro Jacarandá.
São citados ainda o desembargador aposentado, Donato Fortunato Ojeda; a advogada e ex-juíza membro do TRE, Maria Abadia; o advogado e ex-juiz membro do TRE, Renato Vianna; o ex-prefeito de Alto Paraguai, Alcenor Alves de Souza; o sobrinho do ex-prefeito de Alto Paraguai, Bruno Alves de Souza além de outros como o desembargador Carlos Alberto Alves Rocha.