O Conselho de Ética do Senado ouve o deputado Lino Rossi (PP-MT) em sessão reservada. O parlamentar havia sido convidado anteriormente, mas não compareceu à reunião para falar no processo contra o senador Magno Malta (PL-ES). Hoje ele se colocou a disposição para prestar esclarecimentos.
Em 2002, Rossi teria emprestado ao senador um carro, que seria de Darci Vedoin, sócio da Planam, empresa acusada de participar do esquema da venda superfaturada de ambulância com recursos provenientes de emendas ao Orçamento .
Em ofício enviado ao conselho no início de setembro, Rossi havia afirmado que no final de 2001 recebeu por empréstimo um veículo de Darci Vedoin, sócio da Planam, para a campanha eleitoral de 2002. Depois disso, em conversa informal com Malta mencionou a existência do carro.
Segundo Rossi, o carro foi usado por Malta por aproximadamente um ano e meio e depois devolvido. “O senador me confidenciou as dificuldades financeiras pelas quais passava e a necessidade de transportar a sua banda Gospel ‘Tempero do Mundo’, pelas diversas regiões onde realizava shows. Por termos os mesmos princípios religiosos, ofereci, naquela oportunidade, o veículo que havia recebido por empréstimo, alertando-o, contudo que deveria ser devolvido assim que eu requisitasse”, diz o ofício.
Antes do deputado, o conselho ouviu Valdir Piran. Ele negou ter vendido o carro que teria sido emprestado a Malta. Segundo ele, a transação foi feita pelo seu irmão Valcir Piran, que deverá prestar depoimento ao colegiado em outubro. No entanto, Valdir Piran afirmou que seu irmão não conhecia o senador Magno Malta. “Tenho certeza que não conhece”, disse.