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Lideranças de 15 cidades cobram governo para quitar débitos e Hospital Regional de Sorriso normalizar atendimentos

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Prefeitos, presidentes de câmaras municipais, secretários de Saúde das 15 cidades da região que formam o consórcio de Saúde que administra o Hospital Regional de Sorriso se reuniram, esta manhã, na câmara sorrisense, e fizeram duras cobranças ao governo estadual para resolver o problema financeiro da unidade hospitalar, que tem dívidas com fornecedores, funcionários, com falta de determinados materiais para atendimentos e parte dos atendimentos está suspensa. Casos de urgência e emergência estão sendo atendidos. O montante dos débitos não foi informado.

"Não podemos mais aguardar. Precisamos de uma resposta efetiva de quando o problema financeiro será resolvido. Ninguém está pondo faca no pescoço de ninguém. Entendemos as dificuldades de orçamento e que não é um problema de agora, que vem se extendendo. Mas é preciso dar um basta. A união de todos estes municípios, onde há cerca de 425 mil habitantes, vai ser fundamental para resolver os graves problemas do hospital. Vamos cobrar do governo estadual que sejam sanadas as dívidas do hospital regional para que possamos assumir o consórcio intermunicipal. Vamos entrar no período de transição. Não só eu como os demais prefeitos estão cientes que não há como assumir um consórcio perante a tantas dívidas e com quadro clínico desanimado e que busca apenas os seus direitos", disse o prefeito Ari Lafin, presidente do consórcio.  "Temos que definir com o governo um planejamento de repasses futuros. De nada adianta assumirmos e não termos repasses para manter o hospital. Caso contrário só vamos repassar o problema do governo para o consórcio", emendou.

"O hospital está com estrutura sucateada. Precisamos sentar com o governo, montar estrutura de trabalho e buscar resultado financeiro efetivo e verdadeiro. O governo tem se mostrado interessado em resolver o problema e manifestado as dificuldades financeiras e que tem buscado priorizar os atrasados. Porém chegamos ao entendimento que precisamos que as secretarias de Saúde, Planejamento e Fazenda possam achar entendimento para priorizar a Saúde. Estamos preocupados e não podemos perder vidas !. É o entendimento dos prefeitos e os vereadores".

O novo presidente do consórcio aponta que o contrato com a OSS – Organização Social de Saúde- que administra o hospital está parado. Ele apontou que a entidade "está, em tese, paralisada, por entendimento judicial e o governo entende que há alguns repasses que foram feitos para a OS e que ela não repassou para seus credores. Então foi travada a OS e há uma disputa judicial. Veio, então, uma intervenção (do Estado) e o governo quer repassar ( o hospital) para o consórcio, a partir de abril. Mas temos ciência que, se não estiver em dia as questões trabalhistas, dos médicos (muitos alegam que estão sem receber), não há condição do consórcio assumir. Quando se vê o desabafo de médicos que chegam às lágrimas, porque tem amor a profissão, é momento que acendeu a luz vermelha. Não estamos aqui querendo brigar com ninguém. Queremos apenas o direito de todos", acrescentou.

Outro lado
Em nota emitida há cerca de duas semanas, a secretaria de Saúde informou que a folha de pagamento está em dia com pagamentos feitos na mesma data do funcionalismo estadual e que iria iniciar, em 19 de janeiro, pagamentos de fornecedores do hospital e negociaria cronograma de liquidação das faturas em aberto.

(Atualizada às 14:32h)

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