O fim do cadastramento biométrico feito pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso, em Sinop, e a compilação das informações em abril, revelou que o município teve uma redução de 3.601 eleitores em relação às ultimas eleições, realizadas em 2016. Atualmente são 84.486 pessoas em condições de votar ante 88.087 há dois anos, uma queda de 4,1%. Os números mostram, ainda, que as mulheres são maioria, com 52,5% e os homens representam 47,5% dos votantes.
Entre todos os eleitores, homens e mulheres, pessoas com idade entre 45 a 59 anos, são maioria, com 24,3% de representatividade. Eleitores de 25 a 34 anos, são 23,4%, de 35 a 44 anos, são 21,7% e de 21 a 24 anos, são 10,1%. Nos extremos das faixas etárias, há uma pequena vantagem para os idosos. Quem tem de 60 a 69 anos, contabiliza 7,8% dos títulos em Sinop e quem tem de 18 a 20 anos, representa 7,2% do eleitorado.
O diretor do Instituto Real Dados, Miro Teodoro, que realiza pesquisas eleitorais em Mato Grosso, há 18 anos, explica que as estatísticas apresentadas pelo TRE podem indicar tendências para o pleito de outubro. Para ele, a diferença de 5% a mais no número de mulheres em relação aos homens ainda não é suficiente para definir uma eleição. “Se fosse 60% a 40% poderia ter uma influência, mas como esta, fica dentro da margem de erro”, afirmou ao Só Notícias.
No entanto, Miro acredita que o número de abstenções pode ser decisivo. Levando em consideração as eleições de Tocantins, no domingo passado, e as últimas eleições municipais, ele estima que cerca de 40% dos eleitores não votarão. “Há um descrédito muito grande com a política e muitas pessoas preferem pagar a multa de R$ 3,50 para não votar”, analisou.
Em Sinop, eleitores com mais de 35 anos somam 57% dos votos e são eles, que, na opinião do pesquisador, tendem a se abster. “São as pessoas que mais sofrem com a crise e que mais estão revoltadas com a política”, concluiu.