O deputado federal mato-grossense, Nilson Leitão (PSDB), será um dos 65 parlamentares da comissão especial que analisará e dará parecer pela continuidade ou não do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A confirmação foi feita por ele, neste sábado, ao Só Notícias. “Após aprovada a lista de nomes, serão definidos presidente e relator. A presidente terá dez sessões para se defender. O parecer será encaminhado ao plenário e para ser aprovado ( o afastamento da presidente) serão necessários 342 votos”, explicou.
Vice-líder do PSDB, Leitão disse que a abertura do impeachment, na última quarta-feira (2), pelo presidente da câmara, Eduardo Cunha, é fato histórico e ressaltou que é uma “incógnita” a atual força do governo para barrar o andamento do processo. “Só saberemos nos próximos meses. Hoje, temos, pelo menos, 200 deputados a favor do impeachment. Esperamos alcançar os 342 até porque o Tribunal de Contas da União (TCU) já comprovou que a presidente cometeu um crime”, afirmou.
A comissão especial terá 25 deputados do bloco do PMDB; 19 do PT; 12 do PSDB e 2 do PDT. PSOL, PTC, PTdoB, Rede e PMB terão um parlamentar cada. Cada bloco deve indiciar, hoje, seus membros. À noite, uma sessão extraordinária confirmará as indicações dos 65 titulares e suplentes. Amanhã, serão eleitos presidente e relator, por meio de voto secreto.
A presidente Dilma terá dez sessões para apresentar defesa. Após este prazo, a comissão terá cinco sessões para votar o parecer, que depois seguirá para o plenário. Se os 342 deputados deputados decidirem que o processo deve continuar, Dilma deverá ser afastada por 180 dias, enquanto o impeachment seguirá para o Senado, onde será dada a palavra final.
O pedido foi assinado pelo ex-fundador do PT Hélio Bicudo e o jurista Miguel Reale Jr., que acusam a petista de praticar "pedalas fiscais" em 2014 e 2015, com edição de decretos de créditos extraordinários sem autorização do Congresso nem previsão no Orçamento.
(Atualizada às 08:33)h