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Leitão diz que investigação sobre corrupção na Petrobras continua mesmo com pressão externa

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Na avaliação do 1º vice-líder do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, a deflagração da 20ª fase da operação Lava Jato, esta manhã, demonstra que as investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras continuam mesmo sob pressões externas para tentar impedir a punição dos envolvidos. A nova fase mira ex-funcionários da estatal envolvidos em desvios em contratos relacionados com as refinarias Abreu e Lima e Pasadena, dois ícones de escândalos que vêm atingindo a empresa nos últimos anos.

“É sempre um alento à sociedade brasileira saber que, por mais que impeçam o avanço dessa operação, o Ministério Público e o juiz Sergio Moro estão conseguindo ultrapassar as barreiras e avançar”, destacou o tucano. Os gastos como os dois projetos em questão – um localizado em Pernambuco e outro nos EUA – devem provar mais uma vez, segundo ele, que a propina dos contratos e os desvios dentro da empresa beneficiaram campanhas eleitorais e pessoas ligadas ao PT.

As investigações agora apontam para indícios concretos de pagamento de propina para a compra da refinaria de Pasadena, que passa a ser alvo da operação.  Nesta etapa, a PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva na Bahia e no Rio de Janeiro. Estão entre os presos o ex-gerente executivo da área Internacional da estatal Roberto Gonçalves, sob suspeita de envolvimento em corrupção em contratos referentes à Comperj e à contratação de sondas, e Nelson Martins Ribeiro, apontado como operador financeiro de várias construtoras no esquema de propinas.

A nova fase foi batizada de “Corrosão”, e está focada na busca por provas para aprofundar investigações que já estavam em andamento. De acordo com investigadores, o nome é uma referência à corrosão causada pela corrupção na empresa. Dilma foi presidente do conselho de Administração da Petrobras, chefe da Casa Civil e ministra de Minas e Energia, mas sua atuação foi pra lá de insuficiente para impedir o petrolão.

A Petrobras divulgou, em abril, um rombo de R$ 6,2 bilhões pelos escândalos de corrupção que  atingem a empresa. Este é o número oficial, mas o prejuízo causado pelas irregularidades na petrolífera descobertas pela Operação Lava Jato pode chegar a R$ 42,8 bilhões. É o que aponta laudo de perícia criminal anexado pela Polícia Federal. A estimativa tem como base uma tabela com os pagamentos indevidos envolvendo 27 empresas apontadas como integrantes do cartel na Petrobras.

O balanço financeiro da estatal mostra que a Petrobras amargou prejuízo de R$ 3,76 bilhões somente no terceiro trimestre deste ano. O pior resultado previsto pelo mercado se deve à desvalorização do real, que elevou seu endividamento e custos operacionais. Esse é o terceiro prejuízo da Petrobras nos últimos cinco trimestres e a estatal anunciou mais uma redução nos investimentos previstos para este ano. O orçamento, que era de US$ 28 bilhões, já caiu para US$ 23 bilhões.

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