O deputado federal Nilson Leitão, um dos vice-líderes do PSDB na Câmara dos Deputados, defendeu que a votação do impeachment aconteça no domingo (17), quando o tempo para a manifestação de deputados favoráveis e contrários, já terá se esgotado. Para o tucano, a votação no domingo vai dar ao cidadão brasileiro a oportunidade de, em Brasília ou em qualquer outra cidade do país, mostrar seu apoio ao impeachment da presidente Dilma.
Leitão refutou o argumento dos governistas de que a votação no domingo possa transformar o Brasil em um campo de batalha, onde inclusive, segundo alguns, poderia haver mortes. Ele lembrou que as manifestações do dia 13 de março foram ordeiras, sem conflitos e as que aconteceram no dia em que a presidente Dilma deu posse ao ex-presidente Lula, como ministro-chefe da Casa Civil, sequer tiveram mobilização, mas nem por isso foram menos ordeiras.
“Quem está se organizando, quem está ameaçando a população brasileira, os deputados, a invasão de gabinetes e de propriedades, são organizações como o MST, a CUT e outros que estão usando o Planalto como um QG de guerra. A família brasileira vai se comportar como se comportou sempre, dando exemplo de civilidade”.
O parlamentar também rebateu o argumento de que a votação no fim de semana é casuísmo. “Casuísmo é vender cargos, a república e ministérios. É trocar o poder pela dignidade e pela honra”, finalizou fazendo referência às negociações abertas pelo governo, para manter ou cooptar deputados e senadores para barrar o processo de impeachment.
Parlamentares de situação e oposição fecharam questão de ordem no começo da tarde quanto ao período de discussão do parecer do relator, deputado Jovair Arantes. A reunião será aberta às 15h e vai se estender até as 3h da madrugada. Não haverá reunião de discussão no sábado e no domingo. Aqueles que não conseguirem falar nas 12 horas iniciais, terão oportunidade de discutir o relatório na segunda-feira (11) a partir das 10h. A votação será no fim do dia.