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Leitão debate com CNBB questões das demarcações de terras indígenas

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O deputado federal Nilson Leitão (PSDB/MT), líder da oposição na Câmara, participou, hoje, de reunião na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil onde tratou sobre os conflitos que envolvem as demarcações de terras indígenas em diversos Estados. Ele representou Mato Grosso no encontro com parlamentares de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Paraná, Rondônia e Roraima, com o secretário Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, e ouviram o posicionamento da Igreja Católica diante da atuação da Funai para as demarcações, as intervenções necessárias para o fim dos conflitos e os direitos indígenas.

De acordo com Dom Leonardo, a CNBB não "protege" o índio, mas tem a obrigação de acolher todos os necessitados, o que abrange a etnia. O secretário disse ainda que o índio está reconhecendo a importância deles para o Brasil e pleiteando seus direitos. "As causas indígenas são uma questão de Estado. Nossa posição aqui é acolher todos os pobres e necessitados sem nenhuma distinção. A grande dificuldade que enfrentamos hoje com as demarcações, é que as terras estão sendo desapropriadas sem nenhum pagamento para os proprietários, uma vez que são terras já tituladas há anos", diz.

Leitão argumentou que as políticas utilizadas pela Fundação Nacional do Índio, órgão responsável pelas demarcações, é inapropriado. "O modelo utilizado para o trabalho exercido pela Funai não é adequado, até laudos fraudulentos foram utilizados para as demarcações. Não podemos aceitar que família que já estão na terceira geração de posse das terras, seja expropriadas de forma desumana", questiona.

Segundo o deputado a Funai não possui critérios rigorosos, nem estudos para determinar as áreas de demarcações e ampliações, sendo feito de forma aleatória e de acordo com interesses. Leitão defende que o processo de trabalho deve ser específico e rigoroso e que durante a atuação de ser criado grupos de trabalho para que se discuta com os envolvidos as possíveis delimitações.

"O que eu percebo é que existe uma manobra do governo em relação ao assunto. Nós precisamos criar um grupo de trabalho para uma atuação conjunta, só assim será possível chegar a uma decisão justa onde nenhuma das partes seja prejudicada", defende Leitão.

Nilson Leitão marcou uma nova reunião, nesta quarta feira, ainda com o Dom Leonardo, para continuar debatendo o assunto das demarcações e falar também sobre as questões extrativistas.

 

 

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