A cobrança ocorreu durante uma audiência do ministro da Defesa, Raul Jungmann, o deputado federal, Nilson Leitão (PSDB) e um general do Exército, ontem, em Brasília. De acordo com o parlamentar, o projeto R$ 76 milhões foi vetado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2013. Por isso o valor não foi orçado e o projeto acabou não saindo do papel.
“É um projeto de R$ 76 milhões. Em 2013, colocamos no orçamento e foi vetado pela ex-presidente, e acabou não saindo. Este ano, colocamos R$ 1 milhão de emenda pessoal, que já foi liberado. Deste dinheiro, estaria faltando R$ 75 milhões. Nós colocamos um emenda de bancada de R$ 100 milhões. Porém, foi dosado e caiu para R$ 10 milhões. Agora, teremos prioridade nesta liberação deste valor. Estamos lutando para conseguir liberar ainda este ano. O ministro colocou como prioridade essa liberação ao Exército”, explicou Leitão, ao Só Notícias.
Segundo o deputado, a construção do Batalhão do Exército em Sinop é considerada como ponto estratégico para segurança nacional. “Com a unidade em Sinop se fecha uma triangulação de fronteira entre Cuiabá e a Serra do Cachimbo, no Pará. É um triângulo de defesa da segurança nacional. A unidade não é apenas uma vontade política, mas também estratégica do Exército. Vamos nos reunir como ministro da secretaria de Governo, Antônio Imbassahy (PSDB), para priorizar esse recurso e a obra começar imediatamente. Liberando o recurso as obras poderão começar ainda neste semestre”, previu.
Pelo planejamento inicial, o Exército em Sinop teria, inicialmente, 300 militares, e abrangeria cerca de 35 cidades, até a divisa com o Pará. A área onde deve ser implantado o batalhão tem aproximadamente 136 hectares. Em outro local também deve ser construída a vila militar.
No início deste mês, o general Luiz Fernando Estorilho Baganha, da 13ª Brigada de Infantaria Motoriza, conheceu a área onde poderá ser construído o Batalhão de Infantaria, no bairro Alto da Glória, às margens da BR-163, próxima a subestação de energia. Além disso, se reuniu com à prefeita Rosana Martinelli (PR), na prefeitura, para tratar da construção, que não tem data definida para iniciar. Segundo o general, uma unidade padrão de batalhão custaria até R$ 80 milhões e R$ 40 milhões seria o mínimo para começar a construção.
“Hoje existe uma intenção do governo e da prefeitura de implantar uma unidade aqui no Norte. Não tem nada definido ainda, depende muito do governo para que haja recursos para a construção da unidade. Existe algumas iniciativas de emendas parlamentares que poderiam apontar algum recurso, mas só podemos dar inicio realmente quando tivermos uma quantia que garanta o prosseguimento da obra”, disse, Baganha, anteriormente, ao Só Notícias.