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Justiça reabre investigação sobre denúncia de venda de sentenças

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O Tribunal de Justiça (TJ) decidiu reabrir investigação de uma denúncia de venda de sentença envolvendo a advogada Célia Cury, esposa do desembargador José Tadeu Cury. A corregedora Eliana Calmon, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também afirmou ao jornal A Gazeta que vai apurar o caso relatado pela juíza Wandinelma dos Santos.

A denúncia foi encaminhada ao TJ e ao CNJ pela juíza, que apresentou também um vídeo relatando o caso e que já foi avaliado pelo Conselho Nacional. A juíza afirma ter sido procurada quando atuava no interior por uma pessoa que dizia falar em nome da advogada na tentativa de comprar um sentença.

“Já determinamos diligências e vamos aguardar respostas”, afirmou o corregedor do TJ, desembargador Márcio Vidal, nessa quinta-feira (27). Sobre o caso, a ministra Eliana Calmon confirmou já ter conhecimento dos relatos.

Célia Cury foi apontada na operação Asafe, que investigou venda de sentença e exploração de prestígio. O escândalo levou advogados, empresários e magistrados para a cadeia. Todos estão livres, mas ainda respondem a ações penais e cíveis diante da acusação de envolvimento com venda de sentença na Justiça eleitoral e Tribunal de Justiça. As investigações se arrastam há mais de 3 anos.

Por causa do escândalo, o Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) iniciou julgamento de Célia Cury. Ela chegou a ter a inscrição da OAB suspensa preventivamente por 90 dias. Depois de cumprir integralmente a suspensão, ela decidiu cuidar da família e se dedicar à defesa dos processos que passou a responder por conta da operação.

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