A justiça eleitoral julgou improcedente o pedido do candidato ao Governo de Mato Grosso Mauro Mendes (DEM) para retirar do ar e consignar direito de resposta a duas inserções na TV que abordam situação caótica da saúde em Cuiabá e greve no setor dos médicos, na época em que o democrata era prefeito da Capital. De acordo com a decisão do juiz do Tribunal Regional Eleitoral, Jackson Coutinho, a propaganda da coligação “Segue em Frente Mato Grosso” partiu de uma matéria jornalística sobre o que realmente aconteceu na saúde de Cuiabá no período em que Mauro Mendes administrou a cidade.
Em uma das inserções, o então prefeito aparece discutindo com uma servidora pública, a então presidente do Sindicato dos Médicos (Sindmed), Eliana Siqueira. O vídeo mostra a médica afirmando que o salário não foi pago por Mauro Mendes que responde de imediato: “O prefeito não, a prefeitura. Aprenda as coisas. A senhora é uma médica. A senhora devia saber das coisas”. No período em que Mauro Mendes administrou Cuiabá, a greve saúde durou mais de 50 dias. A divulgação reforça a postura adotada pelo democrata para lidar com os servidores em greve e com a saúde da população cuiabana.
O segundo questionamento que Mauro Mendes perdeu na Justiça diz respeito à reportagem mostrando o caos na saúde da capital, exibida no “Jornal do Meio-dia” apresentado pelo jornalista Lúcio Sorge, apontando que “alguns profissionais foram surpreendidos quando perceberam que os salários não estavam na conta”.
Segundo o juiz, todos os fatos apresentados nas duas inserções são verdadeiros, não ofenderam a honra do candidato e, por isso, não cabe direito de resposta. A informação é da assessoria.