Os ex-presidentes da câmara Gerson Francio (Jaburu) e Chagas Abrantes, que tiveram seus mandatos cassados, em novembro do ano passado, pelo legislativo, não conseguiram derrubar as cassações em recursos apresentados ao Tribunal de Justiça em Mato Grosso. Só Notícias apurou que Jaburu teve seu recurso negado, por unanidade, pelos desembargadores que compõem a 3ª câmara cível e analisaram o agravo de instrumento. O relator foi Jose Tadeu Cury que julgou improcedente a solicitação para derrubar a decisão dos vereadores e ele reassumir seu mandato. A desembadora Maria Erotides Baranjak e o juiz Antonio Horário Neto acompanharam a decisão do relator. O acórdão da decisão ainda não foi publicado.
Chagas Abrantes também ajuizou agravo pedindo para ser derrubada a decisão que o tirou do legislativo. O pedido foi analisado também pela 3ª câmara cível e, por unanimidade, foi rejeitado.
Jaburu, Chagas e Roseane Marques foram presos, ano passado, em operação do GAECO – Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado, acusados de exigirem propina do prefeito de Sorriso em troca de apoio político na câmara. No processo constam gravações de conversas entre os ex-vereadores e ex-secretários (que na época estavam ocupando cargos) e até o prefeito sobre vantagens indevidas. Eles ficaram 3 dias presos, na capital, e foram liberados por decisão do Tribunal de Justiça. Posteriormente, foram afastados pelo Judiciário. A câmara criou uma comissão processante, julgou os 3 que acabaram tendo mandatos cassados.
Os acusados negaram todas as acusações.