A justiça mandou o PT de Mato Grosso pagar R$ 544mil para o publicitário petista Fausto Ferraz, 41 anos, pelos serviços prestados e não pagos durante a campanha eleitoral de 2002. A direção do PT pode recorrer da decisão de primeira instância, informa o jornal Folha de São Paulo. “Tínhamos candidaturas importantes como a da senadora Serys Slhessarenko e a do deputado federal Carlos Augusto Abicalil, mas a nossa prioridade era a disputa presidencial”, diz Ferraz que, na mesma época, filiou-se ao partido.
O publicitário diz que o pagamento foi interrompido em 2005 com a queda do ex-tesoureiro Delúbio Soares, apontado como um dos operadores do mensalão, conforme a reportagem. Em agosto deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu processo criminal para apurar a suposta participação de Delúbio e de outras 39 pessoas no mensalão.
Uma empresa que prestou serviços na área de produção para candidato a prefeito de Cuiabá pelo PT, nas eleições de 2004, Alexandre Cesar – que atualmente é deputado estadual- também acionou a Justiça para receber dívidas. O caso chegou ao conhecimento do TRE de Mato Grosso. O Ministério Público denunciou Alexandre por prática de caixa 2 na campanha e foi aceita a denúncia pedindo abertura de ação penal. Ele pode recorrer ao TSE.