O presidente em exercício do DEM, deputado federal Júlio Campos (foto), criticou a “instabilidade” do senador e pré-candidato ao governo do Estado, Pedro Taques (PDT), em montar um arco de aliança. Campos, que é conhecido por sua “língua afiada”, disparou críticas e disse que Taques tem que definir de qual lado vai estar. “O senador até agora não assumiu uma postura de decidir em qual lado ele quer estar, ou nós, da oposição, ou com a base do governo Silval Barbosa (PMDB). Tentar colocar todo mundo junto não ficaria bem até moralmente. Ou ele agregue ao governo ou com a oposição, certas coisas em política não existem”.
As críticas de Júlio se dão ao fato de que Taques vem articulando uma aproximação com o PR, que tem como candidato ao Senado, o presidente da legenda republicana e deputado federal Wellington Fagundes. Isso dificultaria a candidatura à reeleição do senador Jayme Campos (DEM), tendo em vista que dois candidatos à majoritária atrapalhariam um ao outro. “Está faltando sinceridade. Taques tem que escolher, ou eles (PR) ou nós. Pois desse jeito está difícil. Fica nesse jogo de empurra, conversa fiada”.
O deputado federal afirmou que Jayme Campos é o nome mais cotado dentro do cenário para disputar mais uma vez a vaga no Senado Federal. “Ele (Jayme) está na frente de Wellington, Silval, Serys, qualquer outro candidato. Agora, trazer um partido que está há 12 anos com o governo, tem importantes cargos, secretarias de Estado, faltando poucos meses para terminar o mandato, dá uma 'banana' ao governo e vai apoiar a oposição e ainda impor cargo na majoritária. Também não somos ‘bobó cheira cheira’ (expressão cuiabana para denominar pessoas bobas)”.