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Julio Campos deve deixar TCE e disputar prefeitura de Várzea Grande

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Vai ter vaga n Tribunal de Contas do Estado. O conselheiro Júlio Campos deverá deixar o cargo até o dia 5 próximo, quando então vai se filiar a um partido político, possivelmente o DEM, para disputar a Prefeitura de Várzea Grande. Cumprirá com isso o “último desejo” do patriarca Júlio Domingos de Campos, o “seo” Fiote, que faleceu na semana passada, segundo assegurou uma fonte ligada à família. O senador Jaime Campos se posicionou contra. No acordo, o governador Blairo Maggi deverá indicar o nome do atual secretário de Fazenda, Valdir Teis, em que pese a indicação da vaga ser da Assembléia Legislativa.

Júlio terá o apoio, conseqüentemente, o Partido da República, o PR. Nesse caso, “esfacela-se” a candidatura a reeleição de Murilo Domingos, que, apesar dos esforços da “bancada de Várzea Grande” teve suas contas de 2006 rejeitadas inexoravelmente pelo próprio TCE. Murilo, agora, tenta negociar com a Câmara Municipal de Cuiabá, de forma a garantir que se torne ainda elegível. Nas pretensões do atual prefeito, o retorno a Câmara dos Deputados, onde exerceu três mandatos consecutivos.

“Ele vive Várzea Grande. Nos últimos tempos, começou a conversar mais animadamente com as famílias tradicionais da cidade. Apesar de conselheiro, nunca deixou de aconselhar Murilo, pensar coisas boas para Várzea Grande” – contou uma fonte. Júlio Campos por várias vezes teve explosão de revolta pelo fato de muitas coisas que levou ao prefeito, inclusive negociações de verbas para serem aplicadas na cidade, e que acabaram não avançando.

Para disputar a eleição de Várzea Grande, Júlio Campos vai mais que enfrentar adversários, como Maksuês Leite, do PP, e outros que poderão ainda aparecer. A vontade de regressar a vida política é maior até que seus próprios problemas de saúde. Também suplantou a própria resistência de Jaime, seu irmão mais novo, último prefeito de família. “Disse a ele que está caindo na conversa do pessoal do Governo, da turma da botina” – disse o senador democrata a um interlocutor. O Governo trabalha para ocupar de duas a três vagas no TCE a serem abertas até meados do ano que vem, fora as nomeações que virão dos concursos de auditor substituto e do conselheiro de contas.

Particularmente, Júlio tem evitado comentar abertamente sua volta para a política. Até porque em curso está um estudo jurídico encomendado com a finalidade de saber se poderá seguir no cargo de conselheiro pelo menos até o final do ano e se filiar a um partido no prazo de seis meses antes das eleições para ser candidato. “É uma tese que não prevalece, mas está em tudo” – frisou uma fonte.

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