O deputado federal Júlio Campos (DEM) defendeu ontem uma completa reformulação do Democratas e sinalizou que na reunião marcada para o dia 15, quando a Executiva Nacional se reunirá, o partido poderá sofrer um novo revés com o anúncio oficial da saída do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, hoje é a mais expressiva liderança do partido que minguou nas últimas eleições.
Sem representatividade expressiva, o DEM, que era PFL, mas se remodelou para tentar emplacar um novo sentimento na sociedade acabou não tendo sucesso e vai ter que colher os resultados negativos das urnas.
"Fomos colocados na oposição. Não vejo problema em sermos uma legenda pequena, mas é preciso compreender que a sociedade espera mais de nós. Não se pode perder de vista que as oposições fizeram mais de 40% dos votos do país nas eleições presidenciais", disse Júlio Campos, reafirmando a necessidade de se repensar a sigla e de se encontrar um novo caminho que vá ao encontro dos anseios populares.
Ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal e ex-prefeito, Júlio Campos disse que o DEM, ou o antigo PFL, rejeitou sua autoridade política e acabou ficando diminuto dentro do processo eleitoral e do surgimento de novas lideranças políticas com novos pensamentos e novas ações. "É muito ruim você perder uma liderança do gabarito de Gilberto Kassab, que é detentor de expressiva votação no maior colégio eleitoral do país que é a cidade de São Paulo", disse o deputado defendendo que o partido seja entregue para novos comandantes, como o prefeito de São Paulo.
Júlio Campos lembrou que o DEM em Mato Grosso tem uma expressiva massa de filiados, ou seja, é disparado o maior partido, mas isso não se repete em votos para os candidatos da sigla. "Defendo que todos sejam ouvidos e participem para que possamos buscar as inovações defendidas pela maioria", disse.