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Julier projeta entrar na política mas ao governo ou senado

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O juiz federal Julier Sebastião da Silva voltou a negar que seja candidato nas eleições municipais de 2012, mesmo sendo assediado por partidos políticos e amigos próximos para que assuma a condição. Julier negou aos mais próximos qualquer possibilidade de participar das eleições de 2012, mas não é tão enfático quando o assunto é 2014, quando estará em disputa a sucessão do atual governador Silval Barbosa (PMDB) que não poderá ser candidato ao governo do Estado por já ter sido reeleito. Julier teria comentado que se ingressar na vida pública tem interesse em disputar cargos majoritários como governador ou senador.

O magistrado recentemente recebeu um grupo de amigos que foram formalizar a possível disputa eleitoral, e sinalizou estar sendo assediado por várias correntes partidárias que vão desde o PT, partido no qual militou antes de ingressar na magistratura federal, passando pelo PSB, PR, PDT, entre outras agremiações. Os mais próximos do presidente Lula sempre viram Julier com um potencial eleitoral forte.

Uma eventual disputa de Julier Sebastião vem recheada de vantagens legais perante os demais concorrentes, pelo fato de não precisar estar, neste momento, filiado a nenhum partido politico, ou mesmo, fora da condição de magistrado, cargo que terá que pedir demissão ou se aposentar proporcionalmente, caso decida ir para o mundo politico como fez seu colega de atuação conjunta, o então procurador de Justiça, Pedro Taques, hoje senador da República pelo PDT.

Pela legislação, Julier Sebastião tem até 4 meses antes das eleições para decidir se vai ou não ser candidato, o que é visto pelos políticos como uma vantagem, pois até
junho como magistrado ele poderia se manter incólume, mesmo a legislação que garante a ele o direito de se filiar ou disputar as eleições apenas 4 meses antes proibir que o mesmo faça política partidária de qualquer espécie, função incompatível com sua condição de julgador.

Como o primeiro turno das eleições municipais de 2012 acontecem no dia 7 de outubro, Julier teria que estar fora da Justiça e filiado no dia 7 de junho para ser contemplado com as vantagens da legislação.

Resta ainda saber se as eleições de Cuiabá, único município de Mato Grosso com mais de 200 mil eleitores e por ser capital, terão ou não segundo turno. As 2 últimas disputas ocorreram em 2 turnos, ambas favoráveis ao ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), eleito em 2004 e reeleito em 2008. Ele preferiu se desincompatibilizar em 2010 e disputar o governo do Estado e acabou derrotado.

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