A juíza Gabriela Carina Knaul de Albuquerque Silva, 36 anos, que atuou na vara cível e na eleitoral em Sinop, por 4 anos, até 2008, foi escolhida relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a independência do Poder Judiciário e ocupará uma das cadeiras mais importantes na entidade mundial. Ele é a primeira representante do Brasil a ocupar o cargo, de projeção internacional, tendo concorrido com representantes da Espanha e de Cuba. O cargo de relator especial é ocupado por lideranças que trabalham em nome de várias regionais e organizações internacionais que detêm mandatos específicos para investigar, acompanhar e recomendar soluções específicas aos problemas dos direitos humanos no panorama mundial.
De Sinop, Gabriela foi para Brasília onde ficou, até janeiro deste ano, como juíza auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça. Ela foi convidada pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, para ocupar o cargo. Ao deixar o CNJ, a magistrada passou a concorrer, com uma espanhola e um cubano, com apoio do governo federal
e do Conselho de Direitos Humanos da ONU ao cargo de relatora. A pré-seleção, que havia incluído Gabriela na lista de principais cotados à cadeira na ONU, tinha sido feita pessoalmente pelo presidente do Conselho de Direitos Humanos, o nigeriano Martin Ihoeghian Uhomoibhi, informa o Diário de Cuiabá.
Gabriela despertou muito interesse pelo cargo na entidade defensora da relação diplomática e da preservação dos direitos humanos entre os países. Passou por uma rigorosa seleção e se destacou também pelo profundo conhecimento jurídico e ampla formação educacional. Ainda não está confirmado quando a magistrada mato-grossense será empossada.