Terminou, agora há pouco, o quarto dia de depoimentos de testemunhas em relação a operação Imperador, que investiga fraudes na Assembleia Legislativa que podem chegar a mais de R$ 60 milhões em materiais gráficos. Entre as testemunhas arroladas pela defesa do ex-presidente da Assembleia e ex-deputado estadual, José Riva (PSD), estavam o deputado estadual Dilmar Dal Bosco, segundo secretário da Mesa Diretora da gestão passada, e o ex-secretário geral do Legislativo, Luiz Márcio Pommot. Ambos não puderam comparecer e seus depoimentos foram remarcados para amanhã.
Esta tarde, o motorista José Wanderley, da empresa de reciclagem Recimat, foi o primeiro a depor. Ele afirmou que nunca fez entregas de material em horário fora do expediente.
O dono da Ultra Comércio, Ieso Bento, está depondo neste momento. Ele afirmou que nunca participou de licitação da Assembleia Legislativa, mas admitiu que tentou pregões. Bento também afirmou que nunca esteve com Riva.
O clima entre o advogado de Riva, Valber Melo, e a juíza da 7ª Vara, Selma Rosane Arruda, esquenta após a magistrada declarar que os depoimentos realizados até o momento não provam as alegações da defesa. A juíza afirma que as testemunhas são desnecessárias e não provam nada, que oitiva não é para isso.
Os apontamentos da magistrada foram rebatidos pelo advogado de defesa, que criticou o descrédito da juíza às testemunhas. Para Valber Melo a juíza desqualifica os interrogados. Selma Arruda nega que tenha qualquer atrito com o ex-deputado José Riva e justifica que sempre questiona a contribuição que a testemunha arrolada pode dar nas audiências.
Até o momento já foram ouvidas quatro testemunhas de Riva.
Uma das testemunhas mais esperadas, o deputado Dilmar Dal Bosco solicitou autorização para depor amanhã, a partir das 13h30. Ele informou que está viajando e, devido ao mal tempo, não poderá retornar a Cuiabá nesta segunda-feira.
O atual presidente da Assembleia, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) deverá depor no próximo dia 5 de maio.
(Atualizada às 15h30)