quinta-feira, 12/dezembro/2024
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Juíza autoriza prisão domiciliar para ex-presidente do Intermat

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O ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, é o primeiro preso da operação Seven a conseguir uma decisão favorável proferida pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, a mesma magistrada que mandou prender cinco investigados no esquema de desvio de R$ 7 milhões dos cofres do Estado por meio da compra de uma área que já pertencia ao Estado.

Selma acatou pedido da defesa e converteu a preventiva em prisão domiciliar determinando ainda que Dalberto seja monitorado por tornozeleira eletrônica. Um dos motivos é que ele faz tratamento contra um câncer. O pedido foi assinado pelos advogados Hélio Nishiyama, Hugo Florêncio de Castilho, José Eduardo Polisel Gonçalves e Jackson Coleta Coutinho. Eles explicaram que que Afonso Dalberto está impossibilitado de trabalhar e sua remuneração depende das liberações feitas pela previdência social a título de auxílio doença.

A informação foi repassada pela defesa de Dalberto. “A saúde dele está bem debilitada, passou por um tratamento de câncer, está em observação, tirou dois angiomas do cérebro e o estado psicológico dele está bem abalado”, disse o advogado Jackson Coutinho ao explicar que a magistrada atendeu o principal pedido que é para zelar pelo estado mental e pela saúde de seu cliente. Dalberto não poderá deixar Cuiabá sem autorização judicial.

Dalberto, que foi preso no dia 1º de fevereiro, por agentes do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), estava no Fórum de Cuiabá, esta tarde, para ser ouvido pela magistrada. E, após ela ter autorizado a prisão domiciliar, ele deixou o local para receber a tornozeleira e depois ir para sua casa.

A operação desmantelou um esquema criminoso, que segundo o Ministério Público Estadual (MPE), causou prejuízo de R$ 7 milhões ao Estado, valor que foi pago no final da gestão Silval Barbosa (PMDB) em dezembro de 2014 pela compra de uma área que já pertencia ao Estado. O imóvel, antes de ser comprado em 2002, pertencia ao médico e ex-secretário estadual de Saúde, Filinto Corrêa da Costa.

Pelo esquema, também foram decretadas as prisões preventivas de Silval Barbosa, do ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, do coronel da Polícia Militar, José de Jesus Nunes Cordeiro (ex-secretário adjunto da SAD), e do procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima. A denúncia contra 10 acusados de participação na fraude foi recebida por Selma Rosane no dia 12 deste mês.

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