O defensor público-geral André Prieto afirmou, hoje, que irá acionar judicialmente o promotor de justiça, Mauro Zaque. Este ingressou com uma ação civil pública por prática de improbidade administrativa contra Prieto por supostas irregularidades cometidas na compra de combustível para o órgão. Durante entrevista coletiva, esta tarde, o defensor anunciou que o juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior negou os pedidos de liminares para o seu afastamento do cargo, além da indisponibilidade de seus bens.
Visivelmente irritado, Prieto carregou nos adjetivos ao atacar o promotor. “Ele é um irresponsável, um oportunista, que age por vingança e faz de tudo para aparecer. É um escorpião e vai pagar muito caro pelo que está fazendo contra mim. Vou entrar com todas as ações possíveis e imagináveis contra esse promotor. Ele só gosta de aparecer, é conhecido dentro do MPE como um verdadeiro escorpião, que ingressou com uma ação contra um próprio colega dele, o procurador Paulo Prado, por vingança”, disse o defensor, durante a entrevista na sede da Defensoria Geral do Estado.
Segundo Prieto, Zaque entrou com a ação contra Paulo Prado “porque este o exonerou do Gaeco, porque ele estava usando a escolta policial de forma irregular”. “Isso sim é improbidade”, disse.
O defensor afirmou que irá entrar com uma ação de cobrança contra o promotor. “Ele me deve. Ele me chamou para dar uma aula inaugural no curso dele, o Damásio de Jesus, e até hoje ele não me pagou”, disse. Ele afirmou que Zaque exerce “atividade empresarial de forma oculta”.
Prieto ainda questionou o fato do irmão de Zaque, dono de uma marmoraria, ter, segundo ele, fornecido material para a obra de construção da sede das Promotorias de Cuiabá. “Vou representá-lo no Conselho Nacional do Ministério Público. Isto sim é improbidade”.
Na ação civil pública por ato de improbidade administrativa, Zaque pede à Justiça, além do afastamento imediato do cargo, que Prieto devolva aos cofres públicos a quantia de R$ 491.895,76, mais as devidas correções e encargos financeiros.