O PMDB abriu internamente as discussões para as eleições de 2014 e monta estrutura para continuar na chefia de Mato Grosso. Presidente estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, disse que o partido tem "tudo" para continuar no comando do Executivo. Evitou pontuar nomes, mas a agremiação começa a emoldurar um quadro tendo como principal nome o do juiz federal Julier Sebastião da Silva. A tática contaria com apoio do PT, que já é aliado do PMDB.
Ao analisar as possibilidades para as próximas eleições, Bezerra destacou que "não estão certos os planos de que o governador Silval Barbosa será de fato candidato ao Senado". E foi contundente ao reforçar que cabe ao partido, no momento oportuno, decidir sobre o melhor projeto para as eleições gerais.
O cacique do PMDB e outros líderes da legenda tem acenado para Julier como uma importante via para encabeçar a chapa majoritária. Julier já foi filiado ao PT, em sua militância estudantil. A força do PT pode incrementar a proposta. Em que pese Silval ainda não ter decidido os passos a serem dados no ano que vem, o PMDB estuda outras vertentes políticas para o governador. E espaços cobiçados em Mato Grosso, estão de fato, reservados para Silval Barbosa.
Oficialmente pesa a tese de que o governador lançará o nome para o Senado. Bezerra, por sua vez, alerta que o planejamento partidário, que começa em março, delineará a proposta para 2014. Ele coordena ações a serem deflagradas em Mato Grosso, em série de encontros regionais, para mapear pleitos das bases eleitorais e que tem como foco alicerçar o projeto político.
O líder é categórico ao afirmar que o partido está aberto para conversações, e que "nada ficou em termos de acordo relativo as eleições de 2010". Deixou assim um universo de possibilidades para parcerias políticas, com meta de colher apoiadores para os planos da legenda. Bezerra disse ainda que o PMDB tem a seu favor, os resultados do trabalho que desenvolve no Estado. O governo de Mato Grosso tenta imprimir mudança na gestão, que poderá melhorar os índices de aprovação até o próximo ano.