A justiça acolheu pedido liminar, do Ministério Público do Estado, e determinou o afastamento cautelar de Clínio Tomazi, do mandato de vereador em Colniza (1,1 mil km de Cuiabá). Ele, sua esposa e duas empresas de terraplanagem são acusados de irregularidades em contrato emergencial firmado com a prefeitura para prestação de serviços de maquinário, no valor global de R$ 324 mil. "Também pesa contra o parlamentar a suspeita de envolvimento no assassinato do ex-prefeito Esvandir Antônio Mendes", diz o Ministério Público, através da assessoria.
“O ex-prefeito Esvandir Antônio Mendes, vítima de homicídio no mês passado, relatou que sofreu ameaça do vereador Clínio quando exonerou alguns parentes deste da prefeitura, bem como fez cessar o serviço que era prestado por meio das máquinas da empresa”, destacou o magistrado de Colniza, em sua decisão, ressaltando que sua permanência no exercício do mandato pode trazer danos irreparáveis à instrução processual e as provas colhidas no inquérito civil demonstram que o vereador era quem, de fato, prestava o serviço licitado para a prefeitura, conforme apontou o MPE.
“A vencedora do pregão subcontratou o objeto do contrato administrativo e ficava com apenas 5% do montante pago pelo Poder Executivo Municipal – os outros 95 % eram repassados à empresa de sua esposa. Ainda que isto não soasse absurdo, o edital da licitação não previa a possibilidade de subcontratação do objeto do contrato, caracterizando assim o ato ímprobo”, consta, no trecho da sentença, de acordo com a assessoria do MP.
O vereador pode recorrer da decisão do afastamento do mandato. Ele ainda não se pronunciou sobre as acusações feitas pela promotoria.
Conforme Só Notícias já informou, o prefeito Esvandir Antônio Mendes foi executado, a tiros, quando dirigia uma caminhonete, na área central da cidade, e morreu no local. Três acusados do crime foram presos, armas e dinheiro acabaram sendo apreendidos.