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Juiz abre prazo para alegações finais em processo da Ararath

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O juiz Jeferson Schneider, titular 5ª Vara da Justiça Federal de Cuiabá, abriu prazo para as alegações finais no primeiro processo originado da Operação Ararath que tem como réus, o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes (PMDB), sua esposa Laura Tereza da Costa Dias e o superintendente regional do Bic Banco em Mato Grosso, Luis Carlos Cuzziol. Na decisão, o magistrado mandou notificar todas as partes começando pelo Ministério Público Federal (MPF) com prazo de 20 dias para a manifestação. Após essa etapa, a ação penal receberá uma sentença.

Na ação, resultado do inquérito número 233/2014, os réus são processados por lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, delitos investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal que precisou montar uma força-tarefa com 5 procuradores da República para analisar os milhares de documentos apreendidos nas 6 fases da operação.

No total, são 14 inquéritos dos quais apenas 4 foram finalizados e oferecidas denúncias contra 8 pessoas. Outras 10 investigações continuam em andamento. Atualmente, são 5 processos em tramitação na Justiça Federal porque o primeiro foi desmembrado originando uma segunda ação. Eder Moraes é réu em todos eles. O peemedebista é apontado como principal operador político do esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro que pode ter movimentado pelo menos R$ 500 milhões. Por sua vez, ele nega todas as acusações e afirma ser inocente.

O despacho do magistrado determinando a notificação para os argumentos finais foi publicado no dia 28 deste mês. O processo tramita desde 20 de maio deste ano e Eder Moraes foi ouvido por mais de 20 horas durante 3 dias no mês de agosto. Mesmo assim, o advogado do ex-secretário ingressou na no começo deste mês com um novo pedido ao juiz do caso para que Eder Moraes fosse novamente interrogado.

A empresária Laura Dias e Carlos Cuzziol também alegam inocência por meio de seus advogados. De acordo com as investigações, o complexo esquema se valia de empréstimos ilegais junto às suas empresas Globo Fomento Mercantil e Comercial Amazônia Petróleo e também no Bic Banco Mato Grosso. O dinheiro era usado entre outras coisas para financiar campanhas políticas e beneficiar autoridades importantes no Estado. São investigados membros do Executivo Estadual e Municipal de Cuiabá, do Judiciário, Ministério Público Estadual, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado, além de vários empresários.

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