Foi decretado ontem, estado de emergência em cinco municípios da região noroeste. Os prefeitos dos municípios de Juína, Aripuanã, Cotriguaçu, Colniza e Castanheira assinaram o decreto durante reunião na Associação Mato-grossense dos Municípios, em Cuiabá.
A situação de emergência nos municípios está baseada no fato do Ibama de Mato Grosso não disponibilizar de um corpo técnico e jurídico para a liberação das Autorização de Transportes de Produtos Florestais (ATPFs), além de não apresentar qualquer perspectiva em curto prazo para a liberação dos projetos de manejo que estão emperrados no Ibama. De acordo com o jornal A Gazeta, os gestores cobram providências urgentes dos governos estadual e federal para resolver o problema que afeta os municípios.
O presidente da AMM, José Aparecidos dos Santos, assegurou que vai entregar cópia dos decretos ao governador Blairo Maggi e pedir apoio do governo para uma solução imediata para a crise financeira dos municípios.
Segundo os prefeitos, como as madeireiras continuam sem autorização para o transporte da madeira, mais de 50% delas estão paralisadas, sem poder trabalhar. “Os municípios estão caminhando para um total estado de calamidade pública, com reflexo direto em todos os setores da economia municipal”, revela o prefeito de Juína, Hilton Campos. Segundo ele, o setor madeireiro é o responsável por mais de 70% da economia do Noroeste do estado e as prefeituras já sentem a queda na arrecadação.
“Tivemos paciência até agora de esperar que tudo se resolvesse. Quando finalmente nomeiam uma pessoa para comandar o Ibama daqui, recebemos a notícia de que ele também será investigado”, reclama o prefeito de Colniza, Sérgio Bastos dos Santos.
Os prefeitos também manifestam a preocupação com a aproximação do período das chuvas. “O setor madeireiro naturalmente pára na época da chuva. Agora era a hora em que as empresas deveriam estar produzindo”, revela o prefeito de Aripuanã, Ednilson Luiz Faitta.
Como Só Notícias informou ontem, na última quarta-feira um empresário fez um protesto no escritório do Ibama em Juína, ficando por cerca de 6 horas acorrentado a uma pilastra. Ele reivindicava a liberação de ATPFs solicitada há mais de um mês.