Preso preventivamente desde 21 de fevereiro, o ex-deputado estadual José Riva (PSD) deve ser interrogado, amanhã, na audiência de instrução e julgamento da ação penal proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) em que responde 26 vezes pelo crime de peculato e formação de quadrilha.
Riva é acusado de ser o coordenador-mentor de um suposto esquema de fraude na execução de contrato licitatório entre a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e empresas possivelmente fantasmas para o fornecimento de materiais de expediente e artigos de informática no período de 2005 a 2009, quando assumiu os postos de presidente e primeiro secretário da Mesa Diretora da Casa, cujo rombo aos cofres do Legislativo estão estimados em mais de R$ 62 milhões.
Foi na aceitação da denúncia pela juíza da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado, Selma Rosane Santos Arruda, que o ex-parlamentar teve a prisão preventiva decretada. A audiência de instrução e julgamento teve início em 22 de abril.
Antes de Riva ser interrogado, ainda devem ser ouvidas duas testemunhas arroladas pela defesa, os deputados estaduais Wagner Ramos (PR) e Pedro Satélite (PSD). Também está previsto o julgamento do mérito do pedido de habeas corpus que visa a sua soltura pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).