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Jayme diz que Mauro pode intervir na eleição da Assembleia; deputado delatado tenta reeleição

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: Marcos Lopes/arquivo)

O senador eleito Jayme Campos (DEM) declarou que o governador eleito, Mauro Mendes (DEM), poderá interferir na eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso para beneficiar a recondução do atual presidente, Eduardo Botelho (DEM), se houver necessidade. O político afirmou que Botelho tem o apoio do partido e que é natural o governador participar da escolha do futuro presidente do legislativo, como, segundo Campos, é tradição.

“Se precisar, eu imagino que sim [que Mauro Mendes deve participar ativamente para a reeleição]. Até porque ele deixou muito bem claro: tem toda disposição de ajudar o Botelho, em que pese o fato de ele não querer interferir na eleição da Assembleia Legislativa. De qualquer forma, talvez ele não queira interferir de peito aberto, mas nos bastidores o governador sempre participou e não seria desta feita que o Mauro não iria apoiar o companheiro Botelho”, declarou em entrevista coletiva.
Apesar de expor publicamente a disponibilidade de Mauro Mendes, o senador eleito disse acreditar que a interferência não deverá ser necessária e classificou Botelho como um político “habilidoso”, com grande capacidade de mobilização para garantir, por si só, os votos necessários para permanecer no comando da Assembleia.

Embora Mendes não negue a simpatia e preferência por Botelho, ao menos publicamente o faz por condescendência partidária e costuma garantir que não pretende interferir na eleição do Poder Legislativo estadual. Além de Botelho, que desponta como o nome mais forte, a corrida pela presidência ainda tem a deputada Janaína Riva (MDB) tentando viabilizar sua candidatura e o deputado Guilherme Maluf, que após ter eu nome citado pelo primo Alan Malouf em delação premiada decorrente da Operação Rêmora, tem preferido o silêncio com a imprensa.

Eduardo Botelho é investigado em inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal da denúncia de crime de peculato. Sócio de empreiteira, Botelho foi delatado por Silval, juntamente com seu irmão Rômulo Botelho. O ex-governador afirmou aos promotores ter repassado R$ 1 milhão em forma de propina, referente ao MT Integrado, para que sua empresa fosse beneficiada com obras.

Botelho também é investigado pelo  contra ele é de ter se beneficiado de ilicitudes ocorridas no Detran enquanto sócio de uma empresa que prestou serviços para a autarquia estadual.

O Ministério Público do Estado encaminhou denúncia criminal contra Botelho e mais 7 deputados relativa às Operações Bereré e Bônus – desvios de recursos do Detran e pagamento de propinas.

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