O senador Jaime Campos embarcou hoje a Belém (Pará) onde presidirá reunião da Comissão Externa de Riscos Ambientais do Senado, que verifica os efeitos do desmatamento na Amazônia Legal. Ele também acompanha os trabalhos da Sub-Comissão de Meio Ambiente da Casa, que estuda os efeitos da ação antrópica nessa região. “Não queremos criticar o trabalho dos órgãos responsáveis pela preservação ambiental, o que queremos é encontrar solução para a vida de milhares de pessoas que habitam este território”, informou.
Durante a reunião programada para amanhã em Belém e em dois outros municípios do interior daquele Estado, Tailândia e Paragominas, a comissão do Senado pretende ouvir a população para começar a formatar recomendações para órgãos públicos como o Incra e o Ibama. “Estamos preocupados com a atitude violenta de órgãos federais na operação Arco de Fogo, que têm tratado produtores rurais e madeireiros como verdadeiros bandidos”, disse Jaime Campos. Seu colega Flexa Ribeiro (PSDB/PA) também compartilha da mesma opinião. Para ele, o decreto federal 3621, que determinou o embargo econômico em 36 municípios da região “é um exagero e uma forma agressiva de coibir a produção”.
Jaime Campos, na condição de presidente da Comissão Externa, prepara um plano de trabalho que deverá abranger a visita de senadores a municípios de Mato Grosso e de Rondônia, além do Pará. “Em nosso Estado, vamos fazer três reuniões, uma em Sinop, outra em Alta Floresta e uma final em Cuiabá”, revelou o senador. Jaime pretende levar pelo menos 15 senadores para Mato Grosso e mobilizar um grande aparato para demonstrar que a sociedade regional está preocupada com os desdobramentos do embargo econômico. “Vamos deixar os produtores e o povo falar diretamente com o Senado, sem meias palavras e sem restrições. A verdade há de prevalecer”, concluiu.