Um dos mais experientes políticos de Mato Grosso, o senador Jaime Campos (DEM) afirmou que vai respeitar a orientação nacional do partido e integrar o bloco de oposição a presidente eleita Dilma Rousseff (PT). No entanto, destacou que sua linha será auxiliar o Brasil naquilo que for positivo e não se opor a todo e qualquer projeto a ser encaminhado pelo Palácio do Planalto. “A presidente Dilma recebeu uma expressiva votação dos brasileiros, o que deve ser respeitado pelo Congresso Nacional, mas não implica em subserviência da oposição. Enquanto senador, defendo que tudo seja inserido em discussão para identificar o melhor caminho à sociedade”.
Seguindo a linha de críticas construtivas, Jaime Campos criticou o que classifica de inchaço da máquina pública na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que em sua opinião deve ser repensado pela sua sucessora. “Houve a criação de novos ministérios levando a uma criação de mais de 40 mil cargos comissionados. O Estado não deve servir de aparelhamento para partido político. Conseguimos o avanço de pôr fim às dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e não podemos abrir brecha para um aumento sem precedentes na dívida pública”. A base aliada do governo federal conseguiu eleger 48 das 81 cadeiras no Senado, o que na visão de Jaime não significa facilidades ao Executivo. “Haverá divergências na própria base governista, o que é natural, e a partir daí que a oposição deve construir seus debates em favor de um país melhor”.